A tarifa cobrada na prestação de serviços de distribuição de água e coleta de esgoto sanitário sofrerá um reajuste em 10,36%. A resolução foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) na edição desta quarta-feira, 4, e assinada pelo Conselho de Administração da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), e, terá sua aplicação a partir dos faturamentos a serem pagos a partir de julho.
A prestação de serviço de distribuição de água e a coleta, e, consequentemente, o tratamento é de responsabilidade da Casal, empresa mista 50% estatal e 50% privada. A prestação de serviço é questionada pelos próprios usuários que rotineiramente dizem sofrer com deficiências na distribuição na capital, além dos constantes vazamentos ao longo da cidade e a não aplicação em saneamento básico.
O reajuste foi aprovado pelo Conselho de Administração da Casal no último dia 22 de maio com base nas atribuições estatutárias e em ofício da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal). Eles alegam ainda que o reajuste foi devido à necessidade de melhor prestação de serviço “exigidas pelo mercado de clientes da capital e do interior do Estado”.
Eles consideram que a “elevação dos custos operacionais, despesas de de exploração e recuperação da defasagem tarifaria relativa”, “que os serviços de saneamento devem sempre ter como princípio a sustentabilidade econômica financeira”, além de reposição das perdas financeiras referentes ao período de abril de 2013 e junho 2014.
“A elevação no período acima, nos custos dos principais insumos utilizados na produção de água qual sejam: produtos químicos e energia elétrica, esse último, com tarifas cobradas no regime ‘Horo Sazonal’ (sic)”, trecho da resolução administrativa.
Porém, o reajuste não agradou os usuários que prejudicados e apontam deficiências na prestação de serviço. Para Ailton Silva, morador do bairro do Feitosa, a cobrança é injusta e arbitrária. Segundo ele, a falta d’água é um problema rotineiro, onde já enfrentou um período de uma semana “sem uma gota de água na torneira”.
“Da minha residência dá para ver a caixa d’água da Casal, mas mesmo assim enfrento esse problema. Como exemplo são os domingos. Domingo com água na torneira é um luxo e disso eu não gozo, agora pagar uma conta, que já é cara, sem usufruir do investimento pago”, desabafou.
Silva questionou ainda a prestação de serviços de saneamento básico. “Basta andar em Maceió para ver esgoto correndo a céu aberto, isso na Jatiúca, não é em bairros periféricos não. Na periferia nem se fala tem até fezes boiando na rua”, destacou.