O ex-jogador Fernandão, que passou por vários clubes em sua carreira, com grandes passagens por Goiás e Internacional, onde foi ídolo, morreu na madrugada deste sábado em um acidente de helicóptero. Ainda não há informações detalhadas sobre o que poderia ter causado o acidente. Outras quatro pessoas estavam na aeronave, e todos morreram, acrescentou a rádio.
A Polícia Civil informou que, por volta de 1h, o helicóptero caiu na cidade goiana de Aruanã, que margeia o Rio Araguaia. A perícia já está no local para tentar apurar a causa da queda da aeronave. Ex-atleta, Fernando Lúcio da Costa, 36 anos, estava escalado para trabalhar como comentarista do canal SporTV na Copa do Mundo que começa no próximo dia 12. No acidente, também morreram outros quatro passageiros: Lindomar Mendes Vieira, Antônio de Pádua Ferreira, Edmilson de Sousa Lemes e Milton Ananias.
A informação foi confirmada pelo presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelleto, à Rádio Gaúcha. O corpo do jogador foi encaminhado ao Hospital Doutor Claret, na cidade goiana. Fernandão recentemente acompanhou o amistoso da Seleção Brasileira contra o Panamá em Goiânia, no Estádio Serra Dourada.
“O acidente foi em uma praia próxima à cidade de Aruanã, Goiás, por volta de 1h25 da madrugada. Quando chegamos no local, a aeronave já estava toda deteriorada, e encontramos as cinco vítimas em estado de óbito”, afirmou o soldado Caetano, do Corpo de Bombeiros, sobre o caso.
"Era um jogador que se entregava muito. Embora tivesse a condição de ser goleador, era muito participativo, e a sua pessoa também era assim. Tanto é que ocupou espaço da liderança do grupo, depois passou a ser junto com o D’Alessandro. Era um dos porta-voz dos jogadores. Foi extraordinario. Foi um jogador que marcou a nossa história", elogiou o presidente do Inter Fernando Carvalho, à Rádio Guaíba.
Fernandão nasceu em Goiânia, em 18 de março de 1978, e foi revelado pelo Goiás em 1995. Defendeu o clube até 2001, quando foi jogar no Olympique de Marselha, na França, onde depois jogou pelo Toulouse. Voltou ao Brasil em 2004, quando deu início ao período mais vitorioso da carreira, com a passagem pelo Internacional.
Estreou no clube gaúcho em um clássico Gre-Nal, quando marcou o gol da vitória por 2 a 0 sobre o Grêmio, definindo o 1000° gol da história do confronto. Em 2006, participou da campanha da conquista da Copa Libertadores de 2006, mesmo ano em que o clube venceu o Barcelona na final do Mundial de Clubes da Fifa. Em 2008, deixou o clube com status de ídolo para jogar no Al-Gharafa, do Catar.
Em 2009, Fernandão retomou as origens ao voltar ao Goiás, mas em 2010 foi jogar pelo São Paulo, clube com o qual rescindiu amigavelmente o contrato em maio de 2011 para encerrar a carreira. Em julho daquele ano, foi anunciado como diretor-executivo do Inter. No mesmo mês, virou substituto do técnico Dorival Junior, demitido do clube, e acabou sendo efetivado. A experiência foi infrutífera, e o mau desempenho o fez ser mandado embora em novembro.
A saída foi conturbada, com troca de farpas com o zagueiro Bolívar e críticas à estrutura do clube gaúcho. De volta a Goiás, onde tinha negócios e família, o ex-atacante começava carreira como comentarista televisivo.