Ao dar explicações sobre o atraso na construção da refinaria Abreu e Lima, o gerente de Engenharia de Custos da Petrobras, Alexandre Rabello, negou a baixa produtividade nas obras da empresa. Os índices de produtividade são apropriados e adequados à indústria do petróleo, disse ele em depoimento encerrado há pouco na CPI criada no Senado para investigar irregularidades na estatal.
Em relação ao trabalho de fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU), que tem apontado irregularidades nas obras, ele não soube dar detalhes, mas destacou que existem vários debates técnicos em andamento com o tribunal. Um deles diz respeito à "impeditividade", que é o tempo estimado pelo qual o trabalhador fica impedido de atuar na operação de máquinas ou na frente de serviço.
– Os apontamentos do TCU sobre a Abreu e Lima se repetem em processos diferentes e estão sendo debatidos tecnicamente com a Petrobras. Alguns se referem ao mesmo tema e ainda estão sendo discutidos – assinalou.
De acordo com o TCU, o valor inicial da refinaria Abreu e Lima (em construção em Pernambuco) foi estimado em US$ 2,4 bilhões, mas o seu custo já chega a US$ 18 bilhões.
Rabello disse que não tem nada a dizer sobre a Operação Lava Jato, pois não diz respeito à sua área de atuação dele. O gerente acrescentou que não conhece pessoalmente Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras que foi preso duas vezes pela Polícia Federal sob acusação de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.