As ameaças de morte, sofridas por policiais militares, em Maceió, estão preocupando a categoria. A mais recente, contra o cabo Ramos, lotado no 5º Batalhão de Polícia Militar, sediado no Benedito Bentes, mobilizou a corporação e repercutiu na imprensa e nas redes sociais.
Segundo os militares do 5º BPM, o cabo estaria sofrendo ameaças de morte de integrantes do tráfico de drogas. Os mandantes seriam dois traficantes conhecidos como Pinguim e Galvão. Este último, membro de uma das maiores facções criminosas do país: o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Os traficantes teriam oferecido a quantia de R$ 50 mil pelo serviço. O interesse dos traficantes – conforme defendem os companheiros do policial ameaçado – seria dar uma resposta às frequentes operações desencadeadas pelo Batalhão para combater o comércio ilegal de entorpecentes na região do Benedito Bentes, uma das mais violentas da capital alagoana.
Em nota à imprensa, na tarde desta sexta-feira, 27, o presidente da Associação de Cabos e Soldados em Alagoas (ACS/AL), Cabo Wellington Silva repudiou as ameaças contra o militar, destacou que os demais policiais também se sentem sob ameaça, já que combatem o crime em conjunto e pediu providências ao Estado. “O Estado tem que dar uma resposta a respeito deste caso e de tantos outros, inclusive ocorreu algo similar no 1º BPM há três meses, onde o PM teve seu nome escrito em uma das paredes no bairro do Brejal em Maceió, colocando a sua cabeça a prêmio e estipulando valores também”, pontuou.
Segundo o presidente, o militar do 1º BPM – cujo nome está sendo preservado – teria apreendido um montante de drogas no valor de um milhão de reais. Os prejuízos teriam causado revolta aos traficantes. Ele revela ainda que outros militares chegaram a receber ameaças por telefone.
Mesmo após as ameaças, o cabo Ramos continua exercendo as atividades no mesmo batalhão. Os colegas estão realizando sua escolta até sua residência, onde um veículo estaria rondando recentemente.