Em busca de novas alternativas para diminuir os problemas causados à sociedade pela dependência química, o juiz Celyrio Adamastor Tenório Accioly, acompanhado pela promotora de Justiça Sandra Malta e pela equipe do Núcleo de Prevenção às Drogas do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), visitaram, nesta terça-feira (08), o Centro de Atenção Psicológica – Álcool e outras Drogas (CAPS AD).
Celyrio Adamastor, titular do 3º Juizado Especial Cível e Criminal da Capital (JECC), explicou que o intuito da visita era de avaliar as instalações da unidade, o tratamento e os serviços prestados aos usuários de drogas. Ele também destacou a importância de manter um diálogo entre o Poder Judiciário e o Executivo para solucionar as demandas referentes às drogas.
“Viemos conhecer o trabalho do CAPS na capital e saber como encaminhar as pessoas que precisam de tratamento. Aquele que nos procurar, vamos encaminhar para o CAPS para ser avaliado juntamente com a família, porque na maioria das vezes o problema não está somente no usuário, mas também na família. Com base na avaliação dos profissionais, iremos determinar o tempo do tratamento”, esclareceu o magistrado.
O CAPS AD Dr. Everaldo Moreira, situado na Rua Professor Virgílio de Campos, no Farol, sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió, é o único da capital que trabalha com dependentes químicos e funciona 24h por dia. Os usuários geralmente se apresentam voluntariamente para o atendimento.
Os pacientes que não estão internados chegam às 7h e podem sair às 17h ou às 21h, os que optam por sair no último horário são levados para casa em transporte oferecido pelo CAPS AD. São disponibilizadas oficinas de artesanato, fotografia, pintura, atividades esportivas com o auxílio de quatro educadores físicos e diversas atividades de lazer. A equipe é multidisciplinar, composta por médicos, psicólogos, assistentes sociais, entre outros.
Segundo a coordenadora administrativa do CAPS AD, Maria do Carmo Vasconcelos, os usuários podem ser internados por 14 dias, quando é realizada uma outra avaliação pela equipe médica para liberar o paciente ou deixá-lo por mais tempo internado. “Os casos mais graves são encaminhados a um hospital especializado”, explicou.
Por fim, o magistrado Celyrio Adamastor solicitou uma reunião com a secretária municipal de Saúde, Silvania Medeiros, a fim de concretizar a parceria entre o Judiciário e o Executivo.