Mãe é acusada de alugar filhas para rede de prostituição

Alagoas24HorasConselho Tutelar da região VII

Conselho Tutelar da região VII

Uma denúncia de aliciamento e abuso sexual de menores chegou ao conhecimento do Conselho Tutelar da região do Tabuleiro do Martins na tarde desta segunda-feira, 14. O caso chocou os conselheiros tutelares pelo fato de quatro crianças estarem sendo alugadas pela própria mãe a uma rede de prostituição.

O Conselheiro Tutelar, Fernando Silva, contou que as quatro crianças de 5, 7, 9 e 11 anos são naturais de Alagoas, mas moravam com a mãe, Simone Rocha Carvalho, 40, na cidade sergipana de Itaporanga D’Ajuda. Lá, a mulher alugava as crianças, que eram abusadas sexualmente por um grupo.

"A mãe e o pai das crianças são separados. Após o divórcio, o pai veio morar em Maceió enquanto as crianças ficaram com a mãe nesta cidade sergipana. Quando elas vieram passar férias com o pai, contaram o que estava acontecendo. Ele nos procurou e nós já acionamos a Delegacia da Criança e o Adolescente, que irá entrar em contato com a delegacia da cidade", contou o conselheiro.

Fernando informou ainda que no momento do abuso sexual, os acusados anestesiavam as crianças para consumar o ato. "Farei o possível para resolver esta situação. Nem que eu tenha que ir a Sergipe e acione o Ministério Público", disse o conselheiro.

Em conversa com Rádio Pajuçara FM, a menina de 11 anos falou detalhes sobre o caso. "Na madrugada, ela (mãe) nos chamava e a gente entrava em uma caminhonete e íamos para uma mata, onde tinha uma casa. Eram 10 homens para 10 crianças. No local, a gente era abusada, batiam na nossa cara e empurrava. Com a menor, faziam xixi no rosto dela e pediam para lamber o ‘pipi’ dele. Passávamos o dia todo lá e eram os mesmos homens", contou a garota.

A menina informou também que entre os abusadores estava o namorado da mãe, chamado apenas de Roni. "Era sempre o Roni com a quadrilha toda. Eu nunca reclamei com minha mãe porque se eu falasse ela ia me bater. Ela dizia para eles que abusar podia, só não matar. Ficamos nesta situação oito meses", completou a menor.

Além disso, a menina disse que as crianças presenciaram o assassinato de outra garota por ter recusado manter relações sexuais de um dos integrantes desta rede de prostituição.

Família

O pai das meninas, Jaime Inácio da Silva, 38, e a avó das garotas estiveram na sede do Conselho Tutelar, no Tabuleiro do Martins, para conversar com os conselheiros sobre o caso.

A família contou que em janeiro 2012 as meninas vieram de férias a Maceió e relataram, primeiramente, agressões. Ao terminar o período de férias, elas voltaram para Itaporanga D’Ajuda. Em dezembro do mesmo ano, as meninas voltaram a capital alagoana e a garota de 11 anos contou que estava sendo abusada pelo namorado da mãe, o Roni.

Com isso, foram realizados os exames de conjunção carnal, que confirmaram à violência sexual. A família prestou queixa sobre o caso e as meninas não voltaram mais para Itaporanga D’Ajuda.

"Elas estão há mais de um ano comigo em Maceió. As histórias foram contadas aos poucos até que tiveram coragem de falar tudo. Quero providências para tentar resolver esta barbaridade", disse o pai das meninas.

O conselheiro tutelar, Fernando Silva, pensa em pedir intervenção da Polícia Federal para prender os acusados.

Veja Mais

Deixe um comentário