Há quase seis anos o São Paulo vencia o Campeonato Brasileiro pela última vez, com uma vitória por 1 a 0 sobre o Goiás, em Brasília, na última rodada do nacional de 2008. Naquele momento, o time era campeão pela terceira vez em três anos e pareciam que títulos como aquele brotariam aos montes no solo tricolor. Só parecia, porque desde então a história do clube no principal campeonato do país tem sido marcada por tropeços e desenganosNesta quarta-feira, o São Paulo entra em campo pelo Brasileiro para enfrentar o Bahia, na Fonte Nova. A primeira partida na competição em quase dois meses – na última, venceu o Atlético-MG, por 2 a 1, no Morumbi, em 31 de maio.
Jogo com o Bahia que já teria forte apelo nem que fosse apenas por matar a saudade do torcedor. Mas ele vale mais ainda. Em quarto lugar no campeonato, com 16 pontos, o São Paulo pode encostar no líder Cruzeiro, 19 pontos (para isso, o time mineiro teria que ser derrotado no Mineirão pelo Vitória).
Independentemente de alcançar a ponta da tabela tão cedo, derrotar o Bahia seria importante para manter o time próximo das primeiras colocações e afastar quaisquer sinais de crise em um elenco que, se não provou ainda ser o mais competitivo, é o mais estelar do campeonato
Oito dos jogadores do grupo são-paulino tem passagens por seleções nacionais principais. Pelo Uruguai, o lateral esquerdo Álvaro Pereira disputou a última Copa do Mundo. Pela seleção brasileira já passaram o goleiro Rogério Ceni, os meias Paulo Henrique Ganso e Kaká e os atacantes Osvaldo, Alexandre Pato, Luis Fabiano e Alan Kardec.
Desses selecionáveis, alguns ficarão no banco. E por enquanto, o maior candidato estar fora é Alexandre Pato. O paranaense treinou a semana inteira com a equipe reserva.
Formando o ataque tricolor contra Bahia estarão Osvaldo, Kardec e Ademilson. O último, que ganhou a vaga de Pato, sofreu uma amigdalite na última terça-feira, mas é esperado em campo pela comissão técnica.
Ademílson e Osvaldo tem a missão de alimentar Alan Kardec, que volta a jogar após quase três meses parado. O camisa 14 veste a camisa tricolor pela primeira vez em um compromisso oficial e espera dificuldades, por isso faz mistério sobre as instruções recebidas.
"É um jogo dificílimo. Sabemos que o adversário requer respeito. O professor (Muricy) tem conversado algumas coisas, algumas eu nem posso falar aqui para não dar armas ao adversário", diz Kardec.
Na defesa, a contestada dupla formada pelo jovem Rodrigo Caio e por Antônio Carlos tem a responsabilidade de parar o ataque do rival baiano. O meio deve ser formado inicialmente com Maicon, Souza e Ganso. O técnico Muricy Ramalho, porém, também testou uma formação mais cautelosa, com o volante Denílson entrando no lugar de Osvaldo e reforçando o meio-campo.
Kaká e Luis Fabiano se recuperam
Dois dos principais jogadores do elenco são-paulino, Kaká e Luis Fabiano começaram juntos no clube, tiveram, ambos, o Rio São Paulo de 2001 como primeiro grande momento da carreira e devem estar ansiosos para jogar lado a lado de novo. Essa estreia, porém, não virá contra o Bahia.
Kaká, se preparando fisicamente, deve estrear apenas em 27 de julho, contra o Goiás, no Serra Dourada. Luis Fabiano volta ao ataque tricolor no próximo sábado, contra a Chapecoense, no Morumbi.
Bahia perde referência no ataque
Na contramão do São Paulo, equipe que contratou reforços de mais peso, o Bahia retorna ao Brasileiro depois de perder seu meia-atacante mais importante. Anderson Talisca foi negociado com o português Benfica.
Sem Talisca, o treinador Marquinhos Santos deve optar por uma formação com três volantes para enfrentar o São Paulo.
Assim, o time deve formar sua equipe com Douglas Pires; Diego Macedo, Titi, Demerson; Guilherme Santos; Fahel, Uelliton, Léo Gago; Branquinho, Maxi Biancucchi e Rhayner. Suspensos, O goleiro Marcelo Lomba e o lateral Roniery desfalcam o time.
FICHA TÉCNICA:
BAHIA X SÃO PAULO
Local: Arena Fonte Nova, em Salvador (BA)
Data: 16 de julho de 2014, quarta-feira
Horário: 22h (de Brasília)
Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva
Assistentes: Luis Diego Nascimento Lopes e Heronildo Sebastião Freitas da Silva
BAHIA: Douglas Pires; Diego Macedo, Demerson, Titi e Guilherme Santos (Pará); Fahel, Uelliton e Léo Gago; Rhayner, Branquinho (Marcos Aurélio) e Maxi Biancucchi
Técnico: Marquinhos Santos
SÃO PAULO: Rogério Ceni, Douglas, Rodrigo Caio, Antônio Carlos e Álvaro Pereira; Souza, Maicon e Paulo Henrique Ganso; Ademílson, Osvaldo e Alan Kardec
Técnico: Muricy Ramalho