Famílias ligadas ao Movimento de Libertação do Sem Terra (MLST) ocupam, nesta segunda-feira, 21, o prédio da Prefeitura de Joaquim Gomes. Logo nas primeiras horas do dia, o prédio da prefeitura foi tomado por cerca de 80 famílias, de pelo menos oito assentamentos, que cobram da gestora soluções para diversos problemas vivenciados na região.
Val Lima, um dos coordenadores regionais do Movimento, disse que resolveram ocupar a sede da prefeitura porque o então gestor, Toinho Batista, não cumpriu o acordo firmado com o MLST. Ainda segundo o coordenador, depois que a vice-prefeita, Ana Genilda assumiu a cadeira no Executivo Municipal também teria prometido que atenderia o pleito.
O problema é que os trabalhadores não foram atendidos e os transtornos continuaram aumentando: "Estradas continuam arruinadas, não tem médicos nem qualquer assistência à saúde e faltam merendas nas escolas. Esses e outros problemas estão prejudicando a comunidade nos assentamentos", disse o coordenador.
Val Lima conta que, em média 290 famílias estão sendo afetadas com a falta de políticas públicas.
Acampamento
Os trabalhadores sem-terra acenderam um fogo à lenha, em frente ao prédio do Executivo para que as mulheres preparassem as refeições do grupo. Eles afirmam que só deixarão o local após uma conversa satisfatória em que o município se comprometa em atender as exigências feitas pelo movimento.
A guarnição da Polícia Militar esteve no local e conversou com os responsáveis pela ocupação. Os trabalhadores garantiram que a ocupação será pacífica.
Assessores da prefeita estão no local tentando negociar a desocupação. A prefeita ainda não foi localizada para se pronunciar sobre o assunto.