‘Matador de aluguel’ vai a júri popular por crime ocorrido em 2012

Alagoas 24horasCarlos Alberto da Silva Junior, o Júnior Capoeira

Carlos Alberto da Silva Junior, o Júnior Capoeira

“Não existe prova material, documental e nem pericial contra o Carlos. O que existe é o depoimento de Michael, que disse não reconhecer Carlos como autor dos disparos”. Esta é a tese do advogado Carlos Ângelo, que está na defesa de Carlos Alberto da Silva Júnior, conhecido como "Junior Capoeira", acusado de atuar como assassino de aluguel.

No júri realizado na tarde desta terça-feira (22), no Fórum de Maceió, defesa e acusação relembraram os fatos relacionados à sua prisão ocorrida em agosto de 2012, durante operação denominada “Anjos da Guarda", desencadeada por policiais da Força Nacional e Delegacia de Homicídios.

Segundo o advogado de defesa, o réu não é o autor dos disparos que matou Valdir Marques dos Santos, e feriu Miranda Ferreira em junho de 2012, no Tabuleiro do Martins.

O advogado de defesa disse também que Carlos nunca teve contato com a vítima e que Michael, única testemunha arrolada, disser ter visto o réu apenas uma vez. Carlos Ângelo disse que a testemunha, durante seu depoimento perante o Juiz, que não reconhecia Carlos como autor dos disparos. “Michal disse aqui neste auditório, na frente de todos, que não reconheceu meu cleinte como autor do crime e que a polícia mandou ele dizer que foi o Carlos”, disse o advogado.

Ainda durante os questionamentos, a defesa disse que em depoimento, Michael já havia dito que quem teria atirado em Valdir era um homem identificado como "Tom", enquanto Carlos teria ficado na motocicleta.

A defesa disse ainda que durante as oitivas do processo, a esposa da vítima de homicídio, relatou que Valdir morreu após ter entrado em luta corporal com um árbitro de uma partida de futebol e que Carlos não joga futebol e nunca apitou uma partida.

Respondendo aos questionamentos do promotor Marcos Mousinho, o réu disse não lembrar onde estava no dia do crime e negou conhecer as vítimas. Carlos Alberto disse também não ter possuído uma motocicleta amarela ( veículo usado no dia do crime), e nem saber conduzir moto. Quanto ao apelido de Júnior Capoeira, o réu disse em depoimento que foi colocado esse nome na ficha dele quando foi preso pela primeira vez, por porte de armas. “Quando me prenderam, começaram a me chamar assim e colocaram esse nome”, disse Carlos Alberto.

O julgamento, que está sendo presidido pelo juiz Maurício César Breda Filho, titular da 7ª Vara Criminal de Maceió, teve início na manhã desta terça-feira (22) e tem previsão de conclusão por volta das 20h.

A prisão e o crime

No dia da prisão, Júnior Capoeira, como é conhecido, estava com um Polo cinza de placa MVD-9364, e R$ 6.546, em espécie, que foram apreendidos pela polícia.

Consta nos autos que Carlos Alberto é “matador de aluguel” e foi contratado por alguém para matar Valdir. Além desse homicídio, Carlos é suspeito da prática de vários homicídios misteriosos na região de Pilar. As investigações indicam que o mesmo pertence a uma quadrilha que estaria tentando tomar diversas “bocas de fumo" de quadrilhas rivais, conforme informações da Delegacia de Homicídios.

No dia do crime, Valdir Marques dos Santos, de 22, foi abordado por dois homens em uma motocicleta que se aproximaram e efetuaram vários disparos de pistola 380. Na tentativa de fugir dos criminosos, Valdir entrou em uma residência, que estava com a porta aberta. Um dos acusados seguiu a vítima e o matou dentro da casa. O filho do dono da casa, identificado como Michel Miranda Ferreira, 18, também foi atingido por tiros,as sobreviveu.

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