O Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) divulgou uma pesquisa (nos EUA) que concluiu que, em 2035, todos os carros de produção em massa serão autônomos — funcionarão sem um motorista. De acordo com os 200 profissionais que participaram do estudo, os veículos serão muito parecidos com o protótipo criado recentemente pelo Google, com dimensões pequenas e desprovido de buzina, pedais, volante e espelhos laterais.
Entre os maiores obstáculos apontados pelos pesquisadores estão a responsabilidade legal desses veículos, os próprios legisladores e sua aceitação pelos consumidores. Custo, infra-estrutura e tecnologias foram julgados como obstáculos menores para a proliferação dos carros que dirigem sozinhos. Ainda segundo a pesquisa, itens como retrovisores, buzina e freios de emergência deixarão de existir até 2030, e os pedais e volantes sumirão até 2035.
Sensores e GPS darão a direção
A pesquida da organização norte-americana também apontou as principais tecnologias que ajudarão os carros autônomos a se tornar realidade. Mais da metade dos entrevistados (56%) vê os sensores como os mais importantes, seguidos dos softwares (48%), dos sistemas de assistência (47%) e do GPS (31%). E para 74%, a precisão dos mapas digitais de navegação por satélite será fundamental para a operação esses veículos.
Ao todo, 75% dos pesquisadores do IEEE disseram acreditar que todos os estados norte-americanos aprovarão leis permitindo a circulação de carros autônomos até 2035, o que torna o estudo um exercício de futurologia interessante. A pesquisa, evidentemente, levou em consideração os Estados Unidos e outros países desenvolvidos (e ricos). Em mercados emergentes, como o brasileiro, talvez 2035 ainda seja cedo para os carros autônomos.