Embalado por Viagra e goleada, San Lorenzo joga para confirmar ‘pior final da história’

GettyJogador do San Lorenzo

Jogador do San Lorenzo

A Libertadores está a um passo de ter a sua pior final da história. Ao menos estatisticamente. Depois de o pior time da primeira fase, o Nacional (PAR), garantir uma vaga na grande decisão, a equipe com o segundo pior desempenho entra em campo nesta quarta-feira quase que para apenas também confirmar sua vaga. Isso porque o San Lorenzo já aproveitou o apoio da torcida para golear impiedosamente o Bolívar por 5 a 0 no jogo de ida.Juntos, Nacional (PAR) e San Lorenzo somaram apenas 16 pontos na primeira fase – oito para cada, com os argentinos em vantagem apenas no saldo de gols (+1 a -2). Ou seja: juntos, os prováveis dois finalistas fizeram apenas um ponto a mais que Vélez Sarsfield, time de melhor campanha, mas que acabou eliminado logo nas oitavas pelo próprio Nacional.

O San Lorenzo, aliás, só se classificou na bacia das almas, depois de uma vitória sobre o Botafogo na última rodada e a ajuda da combinação de resultados, já que o Independiente del Valle (EQU) bateu o Unión Española (CHI) por um incrível placar de 5 a 4 e acabou ficando a apenas um gol de tirar os argentinos da fase decisiva.

Desde que a Libertadores mudou de formato, em 2000, e passou a considerar a pontuação de cada classificado para definir o confronto das oitavas (o melhor primeiro colocado pega o pior segundo e assim por diante), o Peñarol era o time que tinha chegado à final com a pior campanha, sendo o terceiro pior segundo colocado em 2009, com 9 pontos ganhos. Os uruguaios perderam aquela decisão para o Santos.
Para se ter uma ideia maior, apenas sete vezes um time que passou como segundo colocado na primeira fase foi à final: Boca Juniors (2003, 2007 e 2012), Atlético-PR (2005), LDU (2008), Estudiantes (2009) e Peñarol (2011), além do Chivas, que foi à final como segundo em 2010, mas sem participar da primeira fase (o time mexicano estava previamente classificado por não ter participado das oitavas de final do ano anterior por conta de um surto de gripe no país). O Boca, nas duas primeiras vezes, o Estudiantes e a LDU sagraram-se campeões. Nunca, porém, uma final foi disputada entre dois times que não foram campeões de seus grupos.

E mesmo com a gigante vantagem conquistada na partida de ida, o San Lorenzo não quer saber de dar chances ao azar e à temida altitude de La Paz. Para superar o rarefeito ar boliviano, o time argentino aposta em uma receita inusitada e vai fazer os jogadores usarem Viagra. O remédio, que é indicado para resolver problemas de ereção, faz com que os vasos sanguíneos se dilatem, beneficiando a circulação do oxigênio pelo sangue e diminuindo os efeitos da altitude. A estratégia já foi utilizada na primeira fase, no empate por 1 a 1 com o Independiente del Valle no Equador.
Com o Viagra no sangue, a estratégia em campo é manter a calma e a cautela. "Precisamos de muita tranquilidade. O Bolívar vai se arriscar mesmo, vai chutar de tudo que é lugar, a bola pesa mais, pega efeito e pode acabar entrando até mesmo em lances que a gente nem espera. Portanto, tranquilidade é o principal ponto. Temos que estar preparados para todos os cenários, até mesmo para o pior deles, que é as coisas começarem a dar certo para eles", disse o treinador Edgardo Bauza.

Do outro lado, claro, o Bolívar não joga a tolha. A equipe boliviana conseguiu o primeiro lugar do grupo do Flamengo na fase de grupos e aposta as fichas justamente na altitude para conseguir um milagre. "Isso aqui é futebol. Qualquer coisa pode acontecer e precisamos estar prontos para as coisas boas que podem surgir de uma hora para outra. Podemos conseguir quatro gols, cinco, tudo depende de nós", disse o comandante Xabier Azkargorta.

FICHA TÉCNICA:
BOLÍVAR x SAN LORENZO

Local: Estádio Henrando Siles, em La Paz (Bolívia)
Data: 30 de julho de 2014, quarta-feira
Horário: 21h15 (de Brasília)
Árbitro: Carlos Vera (Equador)
Assistentes: Christian Lescano e Byron Romero (ambos da Equador)

BOLÍVAR: Quiñónez; Eguino, Cabrera e Gutiérrez; Yecerotte, Chávez, Flores, Callejón e Capdevila; Arce e Tenorio. Técnico: Xabier Azkargorta. Técnico: Xabier Azkargorta

SAN LORENZO: Torrico; Prósperi, Cetto, Gentiletti e Más; Mercier, Ortigoza, Villalba e Piatti; Romagnoli e Blandi. Técnico: Edgardo Bauza. Técnico: Edgardo Bauza

Fonte: ESPN

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