Após o recesso, o retorno das atividades legislativas na Casa de Tavares Bastos, na tarde desta terça-feira (05), foi marcado por críticas à Mesa Diretora. Os deputados usaram a tribuna para denunciar falta de pagamento de salários, não cumprimento do acordo feito com servidores e a falta do repasse dos planos de saúde e odontológico debitado dos salários dos servidores.
Presidindo a sessão desta terça-feira, o deputado Antônio Albuquerque (PRTB), denunciou que além de os parlamentares não terem recebido seus salários, o deputado disse que os planos de saúde e odontológico não foram repassados.
“É entristecedor retornar aos trabalhos com o plenário com apenas 12 dos 27 parlamentares e nenhum dos integrantes da Mesa Diretora, a Casa abandona e ouvir os servidores me questionando sobre o dinheiro do plano de saúde que foi descontado dos salários, mas não foi pago à empresa”, lamentou o deputado.
O vice-presidente da Mesa disse ainda que chegou a ligar para o presidente da Casa, Fernando Toledo, na última sexta-feira (1º), mas o parlamentar disse não saber o motivo do não pagamento dos salários. “É a primeira vez que isso acontece. Geralmente nós recebendo até o dia 30, no máximo. Liguei para o presidente e ele disse que não estava sabendo,. Pedi explicações, mas não obtive resposta”.
A deputada Flávia Cavalcante também reclamou do não pagamento dos salários e questionou a mesa pela demora no pagamento. “O repasse do duodécimo é feito sempre no dia vinte. Não entendo a demora para pagar os salários. Quando estive presidente desta Casa por dois meses conseguimos pagar no dia 23”, questionou a deputada.
Planos de Saúde e Odontológico
Outra situação denunciada pelos deputados que compareceram à sessão foi a não realização do repasse para pagamentos dos planos de saúde e odontológico, retidos dos salários dos servidores.
Segundo o presidente da Associação dos Servidores da Assembleia Legislativa de Alagoas (ASSALA), Eduardo Fernandes, foi descontado dos salários de 1.690 servidores os valores referentes aos planos, mas o montante ainda não foi repassado para que a associação realize o pagamento.
Eduardo mostrou preocupação com a possibilidade do corte dos atendimentos. “Nós temos até dez dias para fazer o pagamento dos planos, principalmente o da Unimed. Se até sexta não for pago, os servidores só poderão usar a urgência e emergência. Nós temos servidores internados, com atendimento de home care e eles podem deixar de ser atendidos”, denunciou o presidente da Associação.
Ainda segundo Fernandes, além dos planos, tanto a associação, quanto o sindicato deixaram de receber a contribuição sindical, também descontados dos salários dos servidores. Um montante, segundo ele, de quase R$ 500 mil reais.
Acordo sobre o PCC dos servidores não foi cumprido
Ainda durante a sessão de hoje, o deputado petista Judson Cabral usou a tribuna para criticar a Mesa Diretora por não ter cumprido o acordo firmado com os servidores da Assembleia Legislativa. Segundo o deputado os servidores tiveram apenas um acréscimo de 5% nos salários.
O presidente da associação explicou que o acréscimo é referente à data base, mas o enquadramento por tempo de serviço e grau de escolaridade, acordado para entrar já neste mês de julho, não foi cumprido.