Uma operação da Polícia Militar de Alagoas em cumprimento a três mandados de busca e apreensão solicitados pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), no bairro do Clima Bom, terminou com a morte de um rapaz nas primeiras horas desta quarta-feira (6). Populares também reclamaram de abuso de autoridade por parte dos militares durante as incursões.
De acordo com o major J. Carlos, os mandados foram cumpridos após levantamentos realizados pela equipe do 4º Batalhão da PM. A avaliação garantia que três residências na região estavam abrigando traficantes de drogas. “Houve um levantamento da ficha criminal de alguns criminosos, com tudo fotografado, mas apenas um foi pego”, disse o comandante.
A ação contou com a participação de militares da Radiopatrulha. Em uma das residências, os militares tiveram um confronto armado que culminou com a morte de um suspeito. Wilton da Silva, conhecido na região como “Wiltinho”, foi baleado durante a operação e morreu a caminho do Hospital Geral do Estado (HGE). “O Wiltinho reagiu e acabou sendo baleado, mas não resistiu aos ferimentos. Ele é considerado um elemento periculoso na região e que tem envolvimento com o tráfico de drogas e diversos outros crimes”, avaliou o comandante.
A ação da polícia gerou controvérsias junto à população. Alguns moradores ligaram para a Rádio Gazeta e denunciaram excessos por parte da abordagem desses militares. Um homem chegou a afirmar que sua casa foi toda revirada, tendo ainda dois televisores quebrados, além de outros eletrodomésticos. “Nesse caso nós orientamos o cidadão a buscar a Corregedoria da PM para formalizar a denúncia. O que posso adiantar é que o que houve foi um cumprimento de mandado de busca e apreensão amparado pela Lei”, informa o comandante.
O comandante diz ainda que as ações da polícia não tem por objetivo promover “quebra-quebra”, mas que há a autorização legal para adentrar dentro das residências mesmo sem a presença dos proprietários. "Toda denúncia pode ser formalizada junto à Corregedoria ou por meios judiciais legais, mas não acredito que tenha existido tais excessos", disse.