Casal homoafetivo luta pela guarda de bebê abandonado

Reprodução/TV JornalReprodução/TV Jornal

Um casal homoafetivo luta na justiça para conseguir a guarda de uma menina de apenas um ano. Separada dos pais biológicos, que queriam vende-la recém-nascida, a garota ficou sob o cuidado do técnico de enfermagem Maurício Melo quando teve pneumonia e precisou de atenção especial. A paternidade era dividida com o companheiro, o zelador Josélio Ferreira. Após oito meses, a decisão judicial foi anulada e a garota foi encaminhada para um abrigo, onde permanece há dois meses na lista de espera por adoção.

Maurício Melo passou 12 dias cuidando da criança no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) até montar um quarto climatizado com toda a estrutura necessária para acolher o bebê. A guarda provisória foi anulada porque os dois não possuíam os nomes no Cadastro Nacional de Adoção (CNA), ferramenta criada para auxiliar juízes das varas da infância e da juventude na condução dos procedimentos adotivos.

Nos início, os dois podiam visitar a garota, mas tiveram o direito negado em julho deste ano por meio de uma sentença assinada pelo juiz José Romero Maciel de Aquino. A menina completou um ano de idade e seria o primeiro Dia dos Pais que ela passaria com o casal.

PROCESSO DE ADOÇÃO

Para adotar uma criança, o candidato deve procurar a Vara da Infância e da Juventude da Cidade onde mora. Uma lista com documentos deve ser solicitada para cadastro e logo após, uma entrevista será realizada para avaliar o candidato. Só depois de aprovados, os nomes vão ser incluídos no Cadastro Nacional de Adoção. O processo leva em média um ano. A adoção por casais homoafetivos ainda não está estabelecida em lei, por isso a decisão fica a cargo de cada juiz.

Fonte: NE10/TV Jornal

Veja Mais

Deixe um comentário