O custo de vida em Maceió apresentou um aumento neste mês de julho, quando comparado ao mês anterior. Um levantamento do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), realizado pela equipe da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), apontou uma variação média de 0,24% nos preços dos produtos mais procurados pelos alagoanos.
A pesquisa indicou que o grupo de vestuário apresentou maior variação neste mês de julho, atingindo 0,64%. Com a chegada da coleção de inverno às lojas, os sapatos infantis e masculinos chegaram a um aumento de 2,50% e 1,99%, respectivamente, seguidos das roupas masculinas (0,82%) e infantis (0,61%).
Em seguida, o grupo educação, que inclui produtos e cursos, teve aumento de 0,43% em seus preços. De acordo com o gerente do IPC, Gilvan Sinésio, os artigos de papelaria apresentam a maior variação do grupo, chegando aos 3,07% pontos percentuais. “Isso se deve ao período de compras da segunda parte da lista de materiais escolares referente ao 2º semestre do ano letivo”, explicou.
O terceiro grupo com maior variação positiva foi o de alimentação e bebidas, com uma média de 0,36% de aumento nos produtos. Os produtos que mais se destacam são: acém (2,97%), fígado (1,93%), aves e ovos (1,59%) e contrafilé (1,39%). Dentre as bebidas, o produto com maior variação foi a cerveja, que apresentou uma alta de 1,25% em seu preço em relação ao mês de junho.
Outro grupo que merece destaque é o de transportes, visto que as passagens aéreas apresentaram alta de 5,07%. “Em alguns lugares do país, especialmente nas cidades sedes da Copa, houve queda nos preços das passagens aéreas. Entretanto, em Maceió, os preços ainda não reduziram devido às férias escolares”, justificou Sinésio.
Contrapondo esse cenário, o grupo habitação – constituído por dois subgrupos, encargos e manutenção e combustíveis e energia –, apresentou variação negativa de 0,09%.
Cesta Básica – Já Cesta Básica Alimentar comprometeu, neste mês de julho, um percentual de 35,36% do salário mínimo nacional, significando um decréscimo de 1,47%, ou seja, houve uma variação de preço menor em relação ao mês anterior. Para a aquisição da alimentação básica, o trabalhador maceioense precisou desembolsar a quantia de R$ 256,04.
Os produtos com maiores altas na Cesta foram o tomate (1,23%), a carne (0,99%) e a farinha de mandioca (0,85%). Também vale destacar o aumento nos preços do feijão (0,52%) e do arroz (0,29%) que, por serem consumidos frequentemente, apresentam peso relevante no bolso do maceioense.
De acordo com Sinésio, a justificativa para esses índices está na sazonalidade. “O período climático não contribuiu com chuvas significativas para as lavouras, prejudicando a oferta da produção”, pontuou.
Apenas um item na cesta básica teve baixa em seus preços com relação ao mês anterior, o açúcar (-0,37%). “A região centro-sul aumentou sua produção de açúcar cristal, o que ocasionou a diminuição na rotação dos preços do produto”, concluiu o técnico.