O lutador de jiu-jitsu Tiago Ahmar de Moraes, suspeito de matar o filho de 2 anos após submetê-lo a agressões, inclusive, com golpes da arte marcial praticada por ele, em Vinhedo, em São Paulo, se entregou à polícia na madrugada desta quinta-feira (14), em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O encontro foi combinado através do advogado com a polícia Civil de São Paulo, responsável pela investigação do caso. O crime ocorreu no dia 24 de julho, e a criança tinha dois anos.
O lutador já tinha o mandado de prisão expedido desde o dia 28 de julho e estava foragido no Paraguai. Ele foi preso em flagrante e passou a noite na Delegacia de Foz do Iguaçu. Conforme a Polícia Civil, o rapaz deve ser encaminhado para São Paulo após as 9h.
Segundo a mãe do menino, Cristiana Costa, Tiago estava sob efeito de drogas quando agrediu o filho. O garoto morreu Hospital de Clínicas da Unicamp, após ficar internado durante uma semana com traumatismo craniano e perfuração de órgãos vitais, segundo relatos de familiares à polícia. No primeiro atendimento médico, em Vinhedo, os profissionais de saúde desconfiaram da versão dos pais de que a criança havia caído de um brinquedo e acionaram o Conselho Tutelar.
Cristiana tem 22 anos e morava com o pai da criança desde janeiro de 2014. Depois da morte do menino, ela passou a morar com a mãe, também em Vinhedo. Ela disse à polícia que viu o pai bater nele poucas vezes e relatou que sempre tentava evitar as agressões.
Segundo ela, as agressões ocorriam principalmente porque o pai irritava com o choro do menino. A jovem disse ainda que espera que o lutador "pague por cada dor" sofrida pelo filho dela. Sobre eventual omissão da parte dela, ele justificou à polícia que recebia ameaças de Tiago.