O debate sobre a liberação e regulação da maconha no Brasil ganhou força no Congresso Nacional após sugestão popular recebida pelo Portal e-Cidadania no início do ano. Ao obter mais de 20 mil manifestações de apoio, a proposta foi enviada para exame à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Para contribuir com o debate sobre o tema polêmico o DataSenado realizou pesquisa de opinião sobre o assunto.
O levantamento revelou que 57% dos brasileiros são a favor da legalização da maconha para fins medicinais, sendo que 9% declararam-se a favor da liberação para qualquer fim. Os outros 48% são a favor da legalização exclusivamente para uso medicinal e, na opinião de 42%, a substância deve continuar totalmente proibida como é hoje
Veja alguns destaques da pesquisa, que pode ser lida na íntegra.
57% dos entrevistados são favoráveis ao uso medicinal da maconha
9% aceitam a liberação da maconha para qualquer fim
42% acreditam que a substância deve continuar totalmente proibida, como é hoje
78% dos entrevistados afirmaram que conhecem alguém que fuma ou já fumou maconha
7% declararam já ter fumado a droga
82% da população consideram a maconha “porta de entrada para drogas mais pesadas”
77% acham que o número de usuários de Cannabis aumentaria se a erva fosse liberada para consumo recreativo
32% acreditam que o tráfico de drogas diminuiria após a legalização
50% dos brasileiros acham a maconha tão prejudicial à saúde quanto o cigarro de tabaco
22% acreditam que a erva faz menos mal à saúde do que o cigarro de tabaco
59% acham que a maconha é tão prejudicial à saúde quanto o álcool
17% acreditam que a maconha é menos prejudicial do que o álcool
72% dos que não tem religião ou crença são favoráveis a legalização do uso medicinal
44 % dos evangélicos são a favor da legalização para fins terapêuticos
No Sul do Brasil, 64% dos entrevistados aprovam a legalização para uso medicinal, número que cai para 45% no Centro-Oeste
Foram entrevistadas 1.106 pessoas com 16 anos ou mais, por telefone fixo, nas 27 unidades da Federação (UF). A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
A seleção dos participantes foi feita utilizando o método de amostragem aleatória estratificada – o número de pessoas entrevistas é proporcional ao número de residentes de cada estado, segundo estimativa do IBGE para 2013. Os números de telefone foram sorteados aleatoriamente e as entrevistas ocorreram entre 6 de junho e 7 de julho.