O volante Luiz Antônio prestou depoimento nesta quinta-feira na Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), no Centro do Rio de Janeiro, na qualidade de testemunha, para esclarecer o suposto envolvimento com pessoas ligadas à milícia da Zona Oeste. No inquérito, o nome do jogador do Flamengo apareceu como se tivesse dado um carro a um dos líderes do grupo e, depois, ter feito uma queixa de roubo para receber o valor do carro por parte do seguro.
Luiz Antônio foi acompanhando do advogado do Flamengo, Michel Assef Filho, e agora aguarda o desfecho da investigação policial. “Flamengo não é parte, não é investigado, mas acompanhei o atleta porque ele é um patrimônio do clube”, ressaltou o advogado, que revelou o teor do depoimento.
“Ele explicou que estava de férias em Cabo Frio quando soube do roubo do veículo, que estava com o pai perto de Guaratiba. Foi informado pelo pai que iria prestar queixa do acontecido para dar entrada no seguro, como qualquer pessoa faz. Ele foi na qualidade de testemunha e vai aguardar a autoridade policial concluir o inquérito”, disse Michel Assef Filho.
No depoimento, Luiz Antônio confirmou que conhece apenas Alexandre da Rocha, um dos 20 presos na operação que desarticulou uma quadrilha na Zona Oeste.
“É meu amigo, mas irmão de criação é como ele se apresenta. Não sabia da relação dele com milícia. Sei que ele é um policial civil, mas nunca ia acreditar que estava no meio disso”, disse o volante do Flamengo, que volta aos treinos nesta sexta-feira.
Com isso, o jogador fica à disposição do técnico Vanderlei Luxemburgo para o jogo deste domingo, contra o Coritiba. A viagem para Curitiba acontece nesta sexta-feira à tarde. Cáceres, suspenso, está fora da partida.
O pai do jogador, Luiz Carlos Francisco Soares, é aguardado na Draco nesta sexta-feira para prestar depoimento.