Professores, funcionários públicos e profissionais autônomos estão entre os que mais são flagrados usando veículo de passeio para fazer transporte escolar de forma irregular. O alerta é do presidente da Associação dos Transportadores Escolares de Maceió, Leandro Guedes, que classifica como “epidemia”, o aumento no número de irregulares circulando pela capital alagoana.
A associação não possui um número exato do crescimento irregular da atividade, mas afirma que uma parcela considerável da população, que tem filhos em idade escolar e que não tem tempo de leva-los na escola, optam pelo serviço por conta dos preços mais baixos. O problema é que nem sempre o resultado é satisfatório, conforme orienta Guedes.
Ele conta que diariamente flagra veículos de pequeno porte carregando um número de crianças acima do permitido. “Recentemente um Doblô parou na porta de uma escola e desceram 12 crianças, quando a capacidade de transporte é de seis pessoas. Se um veículo desse tipo colide na rua, porque ninguém está livre, o que pode acontecer com essas crianças?”, questiona o presidente da associação.
Para tentar coibir esse tipo de irregularidade, a entidade fechou uma parceria com a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), que deve fechar o cerco contra esses transportadores. O problema é que, apesar da boa vontade dos fiscais, a demanda é maior que o contingente e muitos casos ficam impunes. O presidente da associação reforça que a população pode ajudar no combate aos irregulares efetuando denúncias junto à SMTT.
Casos de excesso de passageiros, veículos em más condições de funcionamento, ou simplesmente transporte sem autorização da superintendência, devem ser comunicados através do telefone: 3315-3583. A multa para esse tipo de infração é de R$ 2.300 e o dobro do valor em caso de reincidência.