A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, ironizou nesta quarta-feira (20) uma pergunta feita por uma jornalista sobre a prática de tirar fotos de si mesma com apoiadores durante a campanha, os chamados "selfies".
Após visitar escolas do Pronatec em Belo Horizonte para gravar propaganda eleitoral, a petista foi questionada se as fotos, assim como a imagem em que aparece cozinhando no programa de TV, seriam uma forma para "humanizar" sua figura para o eleitor.
"A não ser os estereótipos que, às vezes, criam das pessoas, eu queria comunicar a vocês que eu sou humana, não sou marciana. […] Nem de Saturno. Eu sou humana", brincou a presidente, que nasceu e passou infância e adolescência na capital mineira.
Na visita a uma unidade do Senai, Dilma conversou e tirou diversas fotos com os alunos e professores. Chegou ao local por volta das 15h.
Na entrevista após a visita, Dilma também foi questionada se pediria que as fotos com eleitores fossem compartilhadas nas redes sociais, mas negou.
"Tem uma hora que eu tiro ‘selfie’. E tem outra hora que eu falo ‘compartilhem, vamos tirar uma foto coletiva’. Porque eu não tenho como tirar com quatro mil pessoas uma foto para cada um. O ‘selfie’, vamos dizer assim, é um instrumento limitado. É humanamente impossível chegar aqui e tirar uma foto com cada um", explicou.
Ela completou dizendo que "está amando" a moda do "selfie" porque "é neste contato que você escuta histórias incríveis".
A candidata à reeleição também comemorou números do programa de ensino técnico. "Três dias atrás, nós completamos 8 milhões de matrículas no Pronatec. A meta do Pronatec eram 8 milhões agora em dezembro, mas, como o programa foi muito bem sucedido, nós conseguimos chegar a 8 milhões de matrículas agora ainda em agosto", afirmou.
Mudanças na disputa eleitoral
Dilma também foi questionada sobre a última pesquisa DataFolha, em que Marina Silva, nova candidata do PSB à Presidência, aparece com 47% das intenções de voto no segundo turno, empatada tecnicamente com a petista, com 43%, no limite da margem de erro, de 2 pontos percentuais.
"Não dou opinião sobre candidato", disse após ser perguntada se Marina teria se tornado sua principal adversária.
Ela também negou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá capitanear votos que Eduardo Campos tinha no Nordeste. "Eu acho que o presidente Lula não está muito focado nessa questão".
"O presidente Lula está fazendo uma campanha junto comigo porque nós achamos que somos o mesmo projeto. Não tem nada a ver com A, B ou C. Tem a ver com o fato que eu sou continuidade dos avanços do governo Lula, eu represento essa continuidade e a construção também de um novo ciclo de crescimento. E o presidente Lula está engajado nisso, como vai ficar claro ao longo da campanha cada vez mais", afirmou.