PF cumpre 12 mandados em empresas ligadas a Paulo Roberto Costa e familiares

Medidas, executadas no Rio, foram autorizadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba.

Marcelo Carnaval/O GloboEx-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, na sede da Polícia Federal do Rio

Ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, na sede da Polícia Federal do Rio

A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira, no Rio, 12 mandados na sexta fase de diligências da Operação Lava-Jato, sendo 11 deles de busca e apreensão e um de condução coercitiva – quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento – em empresas vinculadas a Paulo Roberto Costa e seus familiares. Todas têm registro no mesmo endereço.

As medidas foram requeridas ao juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba pelos integrantes da Força Tarefa do Ministério Público Federal, em trabalho conjunto com a Polícia Federal. Um dos sócios do genro de Costa será ouvido pelo suposto empréstimo de dinheiro a ele, o qual foi apreendido posteriormente com o executivo em casa.

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa foi preso em 20 de março, sob a suspeita de destruir provas de seu envolvimento no esquema bilionário de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Youssef. Ficou preso no Paraná até 19 de maio, quando ganhou a liberdade por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Depois de 23 dias, voltou à cadeia no dia 11 de junho, após o MPF obter provas, com o auxílio do Ministério Público da Suiça, de que Costa tem milhões de dólares em contas no exterior.

ENTENDA A OPERAÇÃO
A Polícia Federal indiciou 46 pessoas por lavagem de dinheiro e evasão de divisas, entre elas o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. O ex-diretor da Petrobras e o doleiro atuaram juntos na área de consultoria a empresas que têm negócios com a Petrobras. Dono da empresa Costa Global, Paulo Roberto Costa havia se associado a Youssef para a compra da Ecoglobal, empresa que obteve um contrato de R$ 443,8 milhões com a estatal, segundo a investigação. Esse contrato foi apreendido na sede da Petrobras.

Pelas investigações da PF, Youssef e outros três doleiros movimentaram aproximadamente R$ 10 bilhões de forma atípica. Alguns indiciados foram apontados também por corrupção, formação de quadrilha e tráfico de drogas.

Fonte: O GLOBO

Veja Mais

Deixe um comentário