Henrique deixou os vestiários do Pacaembu procurando palavras para explicar seu sentimento pelo pênalti que perdeu na derrota do Palmeiras nesta quarta-feira, para o Atlético-MG. Apesar de Diogo analisar que o árbitro acertou ao anular a cobrança convertida por invasão na grande área, o centroavante se sente prejudicado até psicologicamente.
"Na segunda cobrança, algumas pessoas me falaram que também teve invasão. Pô, é complicado, né, cara? Pareceu culpa por ter dado o pênalti", falou Henrique, sobre o contestável lance no qual o árbitro gaúcho Jean Pierre Gonçalves Lima viu falta dentro da área após Mazinho passar por Jemerson.
"Os critérios têm que ser trabalhados de uma forma mais severa, que alguém possa chamar atenção ou fazer com que esse critério prevaleça em todas as cobranças. Em uma cobrança usar e, na outra, não usar é difícil. Contra o São Paulo, foi a mesma coisa. É complicado porque um usa e outro, não. Estraga todo um trabalho. Infelizmente, acontece isso em um lance que poderia nos dar tranquilidade", prosseguiu.
Já Diogo, um dos acusados de invadir a área, não contestou tanto a decisão de anular o pênalti convertido.
"O árbitro falou que invadi junto com o Pedro Botelho. Se eu fosse o árbitro, não voltaria. Mas está na regra e ele está ali para cumprir regra", analisou o atacante, bem mais tranquilo do que Henrique.
"É difícil. O sentimento que estou é muito triste, como cada palmeirense deve estar sentindo neste momento. É erguer a cabeça, ter tranquilidade e tentar dormir hoje, mas vai ser um pouco complicado. O sentimento que estou não desejo para ninguém. Mas são dificuldades que nos tornam mais vencedores e fortes", falou o centroavante, tentando se incentivar.
O camisa 19, ao menos, garante que ter que bater o pênalti de novo não o desestabilizou. "Em nenhuma das cobranças, pensei que o Victor não teria chance alguma porque já tinha se movido, era o que eu queria", comentou o jogador que, após ver o goleiro apontar o canto que ele acertou na primeira chance, mudou de lado e mandou para fora.