Mesmo com a diminuição no consumo do tabaco entre adolescentes em Alagoas, restrito a 6% dos jovens, uma ação de controle do tabagismo ocorre nesta sexta-feira (29), no Centro Educacional de Pesquisas Aplicadas (Cepa). A ação é parte da comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Fumo.
Com cerca de 12 mil alunos circulando a cada turno no Cepa, a direção da unidade chegou a declarar que muitos destes estudantes utilizam as dependências do complexo para fumar escondidos.
“Mesmo sabendo dos números de usuários, acreditamos que sejam relativos, já que na maioria das vezes um fumante não admite que é, pois ele omite. Estivemos em contato com a administração do Cepa e notamos que muitos jovens fumavam escondidos aqui, por isso o foco da campanha”, destaca Manoel Angello, vice-presidente da Liga Acadêmica de Infectologia.
Para a estudante do 2º ano, Carlos Eduardo, o tabaco não é legal e prejudica a saúde. “Tenho uma mãe em casa que fuma e por mim já deveria ser proibida a venda”, aponta o jovem. Carlos revela que além da mãe, vários amigos fumam, mas que o mesmo alerta para os problemas de saúde relacionados ao consumo. “Sempre alerto eles sobre os ‘estragos’ que faz no pulmão”, complementa o jovem.
A qualidade de vida, aliada a um hábito saudável é ainda a melhor solução para evitar vícios como o do cigarro. “Nós realizamos a prevenção, mas é importante que se observe também a importância de se ter hábitos saudáveis no dia a dia”, conclui Manoel.
De acordo com a coordenadora estadual de Combate ao Tabagismo da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Vetrúcia Teixeira, o único produto a venda no mundo que se torna vetor de diversas doenças é o cigarro. Pelo menos, cerca de 50 doenças relacionadas à respiração são atribuídas a ele. “Alagoas gasta em torno de R$ 20 milhões com o câncer e as doenças do aparelho respiratório. Todo montante é gasto somente com internação hospitalar e que poderia ser destinado para outros investimentos em saúde”, destaca.
Pesquisas em nível mundial apontam que as partículas de fumaça do tabaco, mesmo para os não fumantes, podem causar os mesmos problemas de saúde. Com a diminuição cada vez maior no Brasil de áreas reservadas para fumante, após a regulamentação da Lei Antifumo, seu consumo vem diminuindo em estabelecimentos comerciais.
De acordo com dados da Sesau, entre 2009 e 2013, o consumo do tabaco diminui de 18,5% para 6%, entre jovens com a faixa etária dos 13 aos 15 anos. “Justamente o público alvo da indústria do tabaco que, claro, é proibida a propaganda, mas que de forma sutil ainda existe entre os jovens”, revela Vetrúcia.
A qualidade de vida, aliada a um hábito saudável é ainda a melhor solução para evitar vícios como o do cigarro. “Nós realizamos a prevenção, mas é importante que se observe também a importância de se cuidar hábitos saudáveis no dia a dia”, conclui Manoel.