O câncer ainda assusta muito e para diminuir as chances de desenvolver a doença, as pessoas estão dispostas a enfrentarem diversas situações como, por exemplo, a mastectomia, que é uma cirurgia para retirada total ou parcial da mama.
O objetivo da cirurgia é minimizar os riscos de desenvolver um câncer de mama em até 95%. Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o mais comum entre mulheres.
Clécio Lucena, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia MG, explica que a discussão sobre esse assunto se aprofundou e a procura pela cirurgia aumentou em 50% no Brasil, após a realização da cirurgia, em maio de 2013, da atriz Angelina Jollie, ao descobrir uma mutação genética que a tornava propensa com 87% de chances a desenvolver um câncer de mama e ovário.
O médico ressalta que a cirurgia não é liberada para qualquer pessoa que queira retirar as mamas por, simplesmente, ter medo de desenvolver a doença. Ele diz que o diagnóstico é minucioso e a autorização para a cirurgia só é liberada nos casos que realmente requerem essa intervenção.
Lucena ainda explica que o exame realizado para a detecção das chances de desenvolvimento dos tumores custa cerca de R$ 7 mil no Brasil e só é indicado para pacientes que tenham um risco elevado de câncer de mama como, por exemplo, mulheres que já tiveram essa doença ou com histórico familiar preocupante.
Mesmo com a realização da cirurgia, as chances de desenvolverem o câncer de mama não são eliminadas totalmente porque fica um pouco de tecido sob a pele que deve ser preservado para garantir a irrigação.
Além disso, os riscos desse procedimento são perda da sensibilidade, necrose da pele e infecção. Por isso, mesmo após a intervenção cirúrgica é preciso acompanhar as alterações e qualquer mudança na coloração da pele e o aparecimento de caroços devem ser relatados ao médico imediatamente.
Aumento da demanda – O crescimento da procura dessa cirurgia essa cirurgia deve deixar que os médicos fiquem ainda mais antenados sobre esse assunto para conseguirem avaliar as reais necessidades da cirurgia.
As pacientes devem ter consciência que, mesmo que os riscos genéticos não sejam fortes para indicativo de cirurgia, a prevenção deve continuar sendo feita.
A hereditariedade corresponde em cerca de 5% a 10% e os outros 90% são decorrente de outros fatores e, por isso, a qualidade de vida deve ser preservada, incluindo atividade física, alimentação saudável, evitando o consumo excessivo de álcool e tabagismo.