A ação da família ‘Moreno’, que atua na região do Bom Parto, Levada e Vila Brejal, parece resistir a todas as ações do aparelho de segurança pública do Estado.
Desde 2008, quando ocorreu a primeira prisão de José Júlio de Oliveira, 65, o Zé Moreno, a polícia tenta desestruturar o poderio do bando, formado pelo pai, filhos e subordinados, numa estrutura organizada que conta, inclusive, com a presença de agentes públicos.
Na primeira prisão, em 2008, Zé Moreno, e Nem Catenga, na verdade Ewerton Melo da Silva, foram apresentados pelo então secretário de segurança como os mandantes de diversos homicídios na região, além de comandar o tráfico nos bairros.
Ainda em 2008, a polícia chegou àquele que é apontado como o elemento mais articulado da ‘família’. Adriano Oliveira dos Santos, o Caetano, já havia empreendido fuga de várias delegacias e era apontado como um dos mais articulados assaltantes de banco do estado. O acusado chegou a ser transferido para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná, e havia recebido o benefício da progressão de pena, sendo monitorado eletronicamente.
Na última terça, 29, a polícia, por determinação do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), chegou a mais um elemento da família, Aldreis Oliveira, acusado de matar uma sargento da Polícia Militar de Alagoas, crime ocorrido em 2008, e que teria assumido o comando das ações.
A operação do Gecoc resultou na prisão de três pessoas, além da apreensão de R$ 90 mil em espécie, que pertenceria à família. Também foram encontradas armas, uma rinha de galo, entre outros materiais.
Diante da constatação do poderio da família, o Gecoc determinou a prisão de Adriano dos Santos Oliveira, o Caetano. O acusado foi preso na noite de ontem na Levada e encaminhado ao sistema prisional de Alagoas. A prisão ocorreu na Rua Bernardes de Lima.