Uma audiência ocorrida na manhã desta terça-feira, dia 19, no Ministério Público Estadual, discutiu diretrizes sobre o Estatuto do Torcedor. Na ocasião, foi avaliado um ajuste de conduta entre MPE/AL, PC, PM, Procon, CB, SMCCU, SMTT, Federação Alagoana de Futebol (FAF) e torcidas. O encontro teve com objetivo estabelecer um compromisso para cada órgão durante os espetáculos futebolísticos.
A audiência foi motivada depois do jogo entre CRB e Santa Cruz, ocorrido no último dia 6 de fevereiro, no estádio Rei Pelé, quando 23 torcedores se envolveram em uma ‘pancadaria’ e tiveram Termos Circunstanciados de Ocorrência lavrados em seu desfavor.
Segundo o promotor Max Martins, a PM já tem a confirmação do que teria motivado o tumulto. Entre os 23 torcedores, 16 pertenciam ao clube do Santa Cruz – PE, os outros sete seriam membros da torcida organizada do CRB. O promotor defende que seja criada uma pena de banimento temporário para envolvidos em confusões em estádios. “Estamos negociando um local para servir de aquartelamento. O torcedor envolvido em confusão ficaria detido entre uma hora antes do jogo subsequente ao da confusão e permaneceria detido por mais uma hora após o jogo. Também defendo junto ao Tribunal de Justiça (TJ/AL) a criação de um juizado especializado. A medida deve minimizar os efeitos da violência nos estádios”, relatou o promotor.
Será criado um novo Termo de Ajuste de Conduta (TAC) e o Max deverá encaminhar casos de violência aos juizados criminais recomendando que o torcedor seja banido. Também nos caso de violência, os torcedores devem ser responsabilizados pelos danos patrimoniais causados nos estádios.
O comandante do CPC, coronel Gilmar Batinga, criticou a FAF quanto ao prazo com a instituição costuma avisar sobre os jogos. Segundo Batinga o efetivo da polícia não permite que a PM seja avisada de ‘última hora’. “Não tenho xérox para fazer policiais”, esbravejou o comandante.
A identidade dos torcedores ainda está sendo levantada pelo Ministério Público que deve pedir a prisão dos envolvidos.