CSA-AL
Voltando a jogar mal, o CSA foi derrotado pelo Comercial por 2×1 em pleno Estádio Rei Pelé, na noite desta quarta-feira, em jogo válido pela 13ª rodada do Campeonato Alagoano de 2013. Estacionado nos 21 pontos, o time azulino desperdiçou a oportunidade de tomar a liderança do Murici, que também tem 21 e melhor saldo de gols. Além disto, ficou ameaçado de perder a segunda posição para Corinthians-AL ou CEO, que, respectivamente, enfrentam Murici e União em seus domínios nesta quinta-feira, no fechamento da rodada.
Como consolo, mesmo com a derrota, o Azulão teve garantida a sua classificação antecipada para o hexagonal, a exemplo do Murici, graças ao empate registrado no Estádio Juca Sampaio, em Palmeira dos Índios, em partida realizada também nesta quinta-feira. O Sport Santo Antonio, que chegou aos 17 pontos, faltando apenas mais uma rodada na primeira fase, era o único dos que estão fora do G4 que poderia alcançar os dois clubes que estão na ponta, mas não tem mais nenhuma chance matemática de consegui-lo após ficar no 1×1 diante do CSE.
Com a vitória, o Comercial foi para 17 pontos e pulou da 7ª para a 5ª colocação, empurrando o Sport para sexto lugar, mantendo-se com chance de classificação para a próxima etapa da competição.
O time viçosense abriu o placar com o lateral Ivan, aos 8 minutos. O CSA empatou com Mithyuê no final do primeiro tempo. Na etapa final, o ex-ídolo azulino Rony se encarregou de marcar o gol da vitória do Comercial.
O Jogo
Com o zagueiro Rhenan improvisado na lateral-esquerda e um meio-campo que não criava e errava excessivamente nos passes, o CSA começou o jogo encontrando sérias dificuldades para penetrar no sistema defensivo do Comercial.
Bem fechado atrás, o time de Viçosa desde o início cuidou de valorizar a posse de bola e a explorar os contragolpes rápidos. E numa dessas arrancadas, acabou surpreendendo logo aos 8′, quando o atacante Neto Alagoano foi lançado em profundidade, nas costas da zaga, penetrou na área, driblou o goleiro Flávio e foi derrubado em seguida por Rhenan. O árbitro Francisco Carlos do Nascimento marcou pênalti. Na cobrança, aos 11′, o lateral Ivan chutou com categoria no ângulo superior direito do goleiro Jorge Miguel, que havia entrado no lugar de Flávio, que, no lance do pênalti, sofrera contratura muscular na coxa direita.
O gol deixou os jogadores azulinos atordoados. Se o time já não jogava bem, a situação ficou ainda pior. Com Rhenan não rendendo bem pelo lado esquerdo, sobrecarregando Leandrinho pelo outro lado, o CSA não conseguia sair em velocidade e esbarrava sempre na marcação do adversário.
Para se ter ideia, a equipe comandada por Beto Almeida só conseguiu chegar pela primeira vez com perigo para a meta de Santos aos 22 minutos. O volante Parrudo tabelou com o meia Mithyuê e arriscou da entrada da área. A bola passou à direita do goleiro Santos, que só acompanhou.
O Comercial respondeu aos 26 minutos. O atacante Rony dominou a bola pela esquerda, na falha da zaga, mas chutou muito fraco, rasteiro, nas mãos do goleiro Jorge Miguel.
O CSA continuou mal em campo, errando muito nos passes, mas aos 32′ teve uma grande chance para empatar. Parrudo foi derrubado na entrada da área. Rhenan foi para a cobrança e chutou forte, rasteiro. A bola acertou o poste esquerdo do goleiro Santos. Na sequência, Odair Lucas afastou o perigo.
A paciência do técnico Beto Almeida acabou e, aos 34′, promoveu a primeira alteração em sua equipe. Retirou Rhenan, improvisou Parrudo na lateral-esquerda e entrou com Rodriguinho na armação.
A mudança começou a surtir efeito já dois minutos depois, quando o CSA construiu mais uma boa chance. Após cruzamento da direita, Everaldo não alcançou para o cabeceio e a bola sobrou para Parrudo, que chutou de primeira, de frente com o goleiro, mandando-a por cima de Santos.
Aos 39′, foi a vez de o meia Mithyuê dominar a bola na entrada da área e chutar forte. A bola passa raspando o poste esquerdo do goleiro Santos.
O Comercial tentou reagir e chegou com perigo aos 42 minutos, novamente no contragolpe. Após boa jogada pela esquerda, a bola foi alçada à grande área e o meia Kattê chutou de primeira, de voleio, mas para fora, por cima do goleiro Jorge Miguel.
O CSA, contudo, manteve a pressão e acabou chegando ao gol de empate aos 43′. O meia Mithyuê recebeu pela esquerda, após passe de Parrudo, e, mesmo marcado, chutou forte da entrada da área. A bola morreu no canto esquerdo de Santos.
Na sequência, o jogo cresce em emoção. O Comercial tentou com Kattê, para fora, e o CSA finalizou de novo, agora com Rodriguinho, que recebeu pela direita e chutou forte, mas também para fora.
Melhor em campo, o time azulino ainda teve outra grande oportunidade para desempatar antes do término do primeiro tempo. Aos 47′, o lateral Jonatan Bastos colocou a mão na bola, dentro da grande área, após cobrança de escanteio pela direita, e o árbitro marcou pênalti. Só que na cobrança, um minuto depois, o atacante Everaldo desperdiçou ao mandar a bola para o canto direito de Santos e proporcionar ao goleiro uma grande defesa.
Comercial surpreende de novo
O CSA pareceu ter voltado mais tranquilo para o segundo tempo, tocando melhor a bola e assumindo o domínio das ações, diante de um adversário que procurava se fechar mais na defesa e só ir para o ataque ‘na boa’.
Mas apesar do domínio inicial, o time azulino aos poucos foi voltando a errar nos passes, permitindo o avanço do adversário. Faltava mais velocidade. E quando a bola chegava à dupla Mendes-Everaldo no ataque, o time da casa se precipitava na finalização.
E o Comercial, que se mantinha perigoso nos contra-ataques, acabou surpreendendo de novo aos 22′, chegando ao segundo gol. O meia Kattê recebeu grande passe pela esquerda e cruzou para o atacante Rony, que, vindo de trás, completou de carrinho, à queima roupa, sem chance de defesa para Jorge Miguel.
O CSA tentou a reação, mas continuava com os mesmos defeitos, sem conseguir construir boas jogadas no ataque.
O jogo foi ficando ainda mais pobre em emoção. O Comercial só saía ‘na boa’, administrando o resultado, enquanto o CSA seguia a tentar, sem muita organização.
Numa das poucas oportunidades criadas, o CSA chegou com perigo aos 32′. Rodriguinho foi para cobrança de uma falta e chutou encobrindo a barreira, mas no meio do gol. Santos espalmou e colocou para escanteio.
Perto do final do jogo, o CSA tinha o falso domínio da partida, mas sem conseguir concluir em gol. A bola girava de um lado para o outro e o time do Mutange não conseguia espaço para a finalização.
Fechado na retaguarda, o Comercial cuidou de administrar o resultado, procurando valorizar a posse da bola, e acabou garantindo a importante vitória de 2×1 fora de casa, na luta para escapar do Torneio da Morte.
