A taxa de inadimplência do consumidor da capital caiu em abril. A constatação foi feita pela pesquisa sobre o perfil de Endividamento do Consumidor de Maceió, realizada pelo Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento de Alagoas (IFEPD), em parceria com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
O percentual da taxa de inadimplência do consumidor, neste mês, foi de 5,3%. Em março, o percentual tinha alcançado 7,9%; o maior em 12 meses. A queda do índice reflete a retomada dos pagamentos de dívidas por parte dos consumidores.
Já o nível de endividamento do consumidor de Maceió apresentou crescimento em abril. Enquanto no mês passado 69,6% dos pesquisados tinham algum tipo de dívida, neste mês o índice subiu para 75,6%. De acordo com a pesquisa, entre o percentual dos consumidores endividados, 47,4% afirmaram que estão em dia com suas dívidas, enquanto 28,2% deixaram de pagar na data do vencimento.
Pelo quarto mês consecutivo, o comprometimento da renda familiar dos consumidores com pagamentos de dívidas cresceu e alcançou 46,1% dos entrevistados, aproximando-se da média verificada no ano de 2012. Esse percentual é motivo de preocupação, uma vez que para os padrões considerados seguros o nível de comprometimento da renda com dívidas deve alcançar o máximo de 30%.
Na análise do economista e professor da Ufal, Fábio Guedes, “os resultados de abril demonstram as características sazonais, ou seja, finaliza-se um período de elevados gastos e festas para outro com relativa estabilidade em termos de consumo”, explica. Nesse sentido, a queda da taxa de inadimplência reflete o processo de maior tranquilidade em relação às condições de consumo e vendas do comércio.
Despesas
O uso dos cartões de crédito caiu levemente em abril, mas continuou como forte instrumento de aquisição de dívidas, sendo o meio utilizado por 62,5% dos entrevistados. Em seguida, o item “outros” aparece com 50,4% das formas de pagamento. Essa modalidade sinaliza a opção do consumidor para, por exemplo, adquirir dívidas via boletos bancários e carnês.
Já os financiamentos foram responsáveis por 32,7% das dívidas dos consumidores (modalidade mais usada na compra de veículos e material de construção), enquanto os empréstimos pessoal alcançaram o percentual de 17,1%, cheque especial 8,4%, cheques pré-datados 8,1% e carnês de lojas 7%.
Os tipos de despesas que mais pesaram nas dívidas dos consumidores foram: alimentação (43,4%), educação (38,1%), outros produtos e serviços (31,7%), vestuário (31,2%), tratamento de saúde (23,2%), aluguel residencial (18,6%), eletroeletrônicos (15,6%), seguros (15,5%), eletrodomésticos (13,6%), reforma residencial (7,9%) e móveis residenciais (6,4%). Segundo a pesquisa, a causa absoluta para elevação dos níveis de endividamento ainda continua sendo o desequilíbrio financeiro (76,4%).
A pesquisa completa está disponível no endereço www.fecomercio-al.com.br/ifepd/