O comandante-geral da Polícia Militar de Alagoas, coronel Dimas Cavalcante, falou na manhã desta quarta, dia 10, sobre a pesquisa que aponta a corporação alagoana como a 12ª mais corrupta do Brasil. Os dados fazem parte de uma prévia da Pesquisa Nacional de Vitimização, encomendada pelo Ministério da Justiça e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
Durante a troca do Comando do Policiamento da Capital – sai Gilmar Batinga e assume Neuton Bóia – o coronel Dimas Cavalcante disse que o resultado não o surpreende, mas o entristece. Cavalcante, que é irmão do secretário de Defesa Social, Dário César, no entanto, negou que a baixa remuneração – reclamada pelos PMs – favoreça a corrupção.
O comandante da PM voltou a afirmar que os subsídios da categoria estão entre os melhores do país e que a ‘corrupção não é problema de salários e sim de caráter’, ou da falta dele. O coronel Dimas adotou discurso contundente ao defender a oxigenação da tropa com as mudanças no comando, que atingem os principais postos da corporação.
Ainda ontem, a reportagem do Alagoas24Horas tentou contato com o comando-geral da PM, mas foi confrontada com pedido de ‘paciência’ uma vez que o coronel Dimas não estava com tempo na agenda. Hoje, durante a solenidade, o coronel admitiu que há vários pedidos de investigação na Corregedoria da corporação e que a maioria delas está ligada ao pagamento de propinas no trânsito.
O coronel defendeu rigor dos comandantes dos grupamentos militares em todo o Estado e afirmou categoricamente que a corregedoria vem investigando todas as denúncias que chegam ao órgão. Cavalcante, no entanto, não apresentou números de militares investigados ou punidos.