A aparente recusa de uma mulher de ter um filho do seu companheiro terminou de forma trágica na madrugada da última segunda, dia 8. Patrícia Cardoso Neto, de 29 anos, foi morta por estrangulamento pelo próprio companheiro após ter lhe confessado que abortara um filho do casal.
O casal estava junto desde setembro do ano passado, quando se conheceram em São Paulo e decidiram migrar para o Nordeste em busca de oportunidade. Em Maceió, a família se alojou em uma residência do bairro do Feitosa, mas a dependência química do marido teria desmotivado Patrícia a aumentar a família.
Na madrugada da última segunda, ao chegar em casa sob efeito de álcool e drogas, Ednaldo Merêncio da Silva, de 27 anos, foi informado pela mulher que ela abortara o bebê. Revoltado, Ednaldo matou a mulher por asfixia e enterrou o corpo em uma fossa existente na residência. O assassino ainda ‘tampou’ a fossa e seguiu a sua rotina normal.
Ontem, no entanto, o caso sofreu uma reviravolta quando ele decidiu ligar para a polícia para confessar o crime. O assassino chegou a ligar duas vezes para o Centro Integrado de Operações da Defesa Social (Ciods) para que acreditassem nele.
No telefonema, ele confessava o que havia sido feito e pedia para ser preso. O jovem disse, ainda, que se arrependera do crime e não conseguia dormir deste a última segunda-feira. Uma equipe da Polícia Militar foi à residência e após quebrar a fossa encontrou o corpo da jovem Patrícia.
Ednaldo, que já havia sido preso por porte ilegal de arma de fogo em São Paulo, foi encaminhado à Delegacia de Homicídios para ser autuado em flagrante. Já o corpo de Patrícia foi encaminhado ao Instituto Médico Legal Estácio de Lima, onde será submetido à necropsia e posteriormente liberado para sepultamento.