O julgamento do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, considerado executor da ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, Eliza Samudio, começou tumultuado. O advogado do réu, Ércio Quaresma, pediu à juíza que adiasse novamente o júri popular. Entre as razões apresentadas, estão a ausência da delegada Alessandra Wilke, que participou das investigações do caso na época.
A juíza, no entanto, indeferiu o pedido após consultar o Ministério Público. No entanto, o júri não começa enquanto uma testemunha não é localizada.
Alessandra, que seria ouvida como autoridade policial, está em Ipatinga, no Vale do Aço, onde participa das investigações da morte de dois jornalistas e da atuação de um "esquadrão da morte" formado por policiais. A ausência da delegada foi comunicada por ofício, o que foi considerado pela juíza na decisão.
Quaresma argumentou que um recurso especial do Ministério Público de Minas Gerais, que ainda não foi julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde 2010, também inviabiliza o júri de seu cliente. Para Marixa, no entanto, este recurso não tem efeito suspensivo e, portanto, não inviabiliza o júri.
O defensor listou outros motivos para pedir o adiamento do júri, como a ausência do jornalista José Cleves da Silva, arrolado pelos advogados de Bola. A recondução da testemunha foi deferida, o que paralisa os trabalhos até sua chegada.
Conselho de sentença
Alguns sorteados que podem compor o corpo de jurados pediram dispensa por questões pessoais. As sete pessoas que vão definir a culpa ou inocência de Bola serão escolhidas entre 12 homens e nove mulheres que permanecem no tribunal.