Entre os americanos, 52% acredita que o uso da maconha deveria ser legalizado, segundo pesquisa realizada pelo Pew Research Center com 1.501 adultos. É pouco mais da metade, mas é a primeira vez em mais de quatro décadas de realização da pesquisa que a maioria é favorável. 45% dos entrevistados defende que a maconha continue ilegal.
O suporte à legalização da maconha subiu 11 pontos desde 2010. Em 1969, uma pesquisa da Gallup mostrava que 12% eram favoráveis à legalização do uso, ante 84% contrários. A declaração de uso também foi recorde: Quase a metade dos adultos (48%) disse já ter experimentado a droga – a maior porcentagem da história. Há dez anos, 38% afirmaram ter provado maconha. Em todas as faixas etárias até 65 anos, quase metade das pessoas afirma já ter experimentado.
Foi registrada uma queda na porcentagem de pessoas que vê a maconha como uma “droga de entrada”. 38% dos entrevistados concordaram com a afirmação de que “para a maior parte das pessoas, o uso da maconha leva ao uso de drogas pesadas” – perante 60% dos entrevistados em 1977. A ideia de que o uso de maconha é imoral também mudou. Atualmente, 32% consideram errado – ante 50% em 2006. As opiniões sobre o uso medico também mudaram. Para 77% dos entrevistados, a maconha tem uso medicinal legítimo. Em 1997, 58% acreditavam no uso medicinal.
Apesar do maior apoio à legalização, 51% dos entrevistados disse que se sentiria desconfortável se as pessoas ao seu redor estivessem usando a droga. O desconforto aumenta com o aumento da idade. Entre os que tem mais de 65 anos, chega a 74%. – já entre as pessoas com menos de 30 anos, incomodaria 35%.
Quase três quartos dos americanos (72%) dizem que, em geral, os esforços do governo para fazer cumprir as leis relativas à maconha custam mais do que valem. Quanto aos estados que aprovaram o uso da droga, 60% dos entrevistados acredita que o governo federal não deveria fazer cumprir as leis relativas à maconha neles.