Tudo ocorria como esperado. O estádio da Curuzu, em Belém, era um verdadeiro caldeirão para o Paysandu nesta terça-feira, diante do São Caetano, pela oitava rodada da Série B. Até os 19 minutos do primeiro tempo. Foi quando uma falha na iluminação de uma das torres do estádio interrompeu a partida por meia hora e, na segunda etapa, os visitantes abriram 2 a 0 no placar, com Jael e Samuel Santos, deixando os torcedores tensos. No entanto, a apaixonada torcida mandante voltaria a se incendiar. Marcelo Nicácio entrou no segundo tempo e garantiu o empate por 2 a 2 no final, com os dois gols do time paraense.O resultado teve sabor de vitória para o Paysandu, que já havia demonstrado superação nos 4 a 3 diante do Guaratinguetá. Por outro lado, não aliviou muito a situação da equipe na tabela de classificação da Série B do Brasileiro. Com nove pontos e em 12º, o Papão tentará se afastar de vez da zona de rebaixamento na próxima rodada, quando enfrenta o Boa Esporte.
O São Caetano vive situação só um pouco mais tranquila. Ao deixar a vitória escapar em Belém, a equipe de Marcelo Veiga chegou aos dez pontos, em 11º, e perdeu grande oportunidade de encostar no grupo da frente. O próximo desafio do Azulão será o Guaratinguetá, dentro de casa.
Iluminação falha e atrapalha Paysandu
Primeiro a entrar no gramado da Curuzu, o São Caetano encontrou um ambiente bastante diferente daquele que está acostumado. As cores nas arquibancadas eram azuis e brancas, mas o apoio dos torcedores de nada lembrava o estádio Anacleto Campanella, onde a equipe do Grande ABC tem a média de apenas 423 pagantes por partida. Em peso nesta noite de terça-feira, a torcida do Papão empurrou o time, que encurralou o adversário desde o começo do confronto.
Entretanto, aos 19 minutos do primeiro tempo, o estádio jogou contra o Paysandu. Uma das torres de iluminação se apagou e a partida deve de ser interrompida. Um eletricista foi rapidamente acionado, mas as luzes demoraram a voltar. A cada lâmpada que se acendia no refletor, a torcida comemorava como se fosse um gol na Curuzu, e o árbitro pôde autorizar o reinício apenas 30 minutos mais tarde.
A partida retomou em ritmo mais lento, mas com clima mais quente. A cordialidade vista antes de a bola rolar, quando o auxiliar do São Caetano, Mendonça, recebeu uma camisa do Paysandu, celebrando sua passagem pelo clube, não existiu dentro das quatro linhas, e o árbitro teve de distribuir cartões para ambos os lados.
O piauiense Antonio Dib Moraes de Sousa, aliás, foi alvo de muita reclamação dos donos da casa. A torcida do Papão cobrou dois escanteios não marcados e ainda um toque de mão do zagueiro Fred, dentro da área. Mas o lance de maior polêmica aconteceu aos 30 minutos, quando Careca caiu pedindo pênalti. O árbitro mandou seguir e a partida foi para o intervalo sem alteração no placar.
São Caetano abre vantagem, mas Nicácio salva Papão
Se a primeira paralisação já não havia sido positiva para o Paysandu, a segunda, então, foi ainda pior. Após o intervalo, o São Caetano voltou melhor para o confronto e não demorou para calar a torcida na Curuzu. Logo no primeiro minuto do segundo tempo, Jael aproveitou falha de Jean, após cobrança de falta, e mandou para o fundo da rede. Pouco depois, o atacante chutou fraco, a zaga do Papão errou novamente, e Samuel Santos teve liberdade para ampliar o placar.
O técnico Givanildo Oliveira, então, resolveu mexer: sacou Diego Barboza, que deixou a desejar em sua estreia como titular da equipe, e promoveu a entrada de Marcelo Nicácio. Cinco minutos mais tarde, o atacante provou que o comandante estava certo e subiu mais que toda a defesa do São Caetano para testar para o gol. E ainda tinha mais.
A torcida se reanimou e trouxe o Paysandu de volta para a partida. Aos 38 minutos, Marcelo Nicácio cobrou falta com perfeição e empatou o marcador. O atacante quase fez o terceiro, mas a trave não deixou. 2 a 2 com sabor de vitória para o Papão.