Para aumentar o número de alagoanos cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), o Hemocentro de Alagoas (Hemoal) realiza um mutirão para cadastro em Penedo. A ação, que visa salvar a vidas de pacientes doenças hematológicas, a exemplo da Leucemia, irá ocorrer de terça (16) a quinta (18), das 8h às 16h, na sede da Santa Casa.
O voluntário interessado em se cadastrar como doador de medula óssea deve ter boa saúde, no mínimo 18 anos de idade, além de portar o CPF e a Identidade. Antes do procedimento, ele necessita preencher um formulário e, posteriormente, são coletados apenas 5 ml de sangue, que serão utilizados para descobrir o código genético do doador.
Todos os dados são remetidos para o Redome, situado no Rio de Janeiro, e são cruzados com os disponibilizados pelos pacientes, que estão contidos no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme). Caso sejam encontradas semelhança nos dados, o voluntário é convocado para se submeter a uma bateria de exames, que irá comprovar a compatibilidade com o receptor.
Transplante – A partir de então é realizado o transplante de Medula Óssea, que consiste em um procedimento simples, por meio de uma pequena intervenção cirúrgica nos ossos da bacia, que dura aproximadamente 90 minutos. Paralelamente o receptor se submete a um tratamento que destrói a própria medula, tornando-o preparado para receber a Medula Óssea coletada do voluntário, a exemplo do que ocorre em uma transfusão de sangue.
“Àqueles que não poderem realizar seus cadastrados na Santa Casa de Penedo, podem se dirigir até a sede do Hemoal, que está situada na Rua Dr. Jorge de Lima, no bairro Trapiche, em Maceió. A unidade funciona de segunda a sexta-feira das 7h às 18h, e aos sábados, das 8h às 12. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3315-2109 ou pelo e-mail hemoal@saude.al.gov.br”, informa a diretora do Hemoal, Verônica Guedes.
Medula Óssea – A medula óssea é um tecido líquido, encontrado no interior dos ossos, responsável pela produção de hemácias, plaquetas e leucócitos. A produção destas células, segundo a diretora do Hemoal, é importante porque evita o desenvolvimento de anemias e sangramentos.
Mesmo representando um processo rápido e que não traz prejuízo à saúde do voluntário, o transplante de medula óssea é comparado a uma loteria, já que encontrar um doador compatível com um receptor é algo raro. “Para se ter uma ideia, a cada 100 mil brasileiros, somente um tem a medula óssea compatível com um receptor”, ressalta Verônica Guedes.
