Policiais civis da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) prenderam na madrugada desta segunda-feira (22) cinco pessoas que integrariam uma quadrilha especializada em entrega em domicílio de drogas. O grupo atuava desde o ínicio do ano e as drogas vinham de São Paulo e Sergipe para abastecer o bairro do Poço, principalmente o Conjunto Santo Eduardo.
De acordo com a delegada Ana Luiza Nogueira, a quadrilha deve responder por tráfico de drogas, formação de quadrilha e porte ilegal de arma de fogo. Com o bando foram aprendidos duas balanças de precisão, R$ 7.500 em cocaína, celulares, duas armas de fogo, lista com o nome dos ‘clientes’ e uma máquina de cartão de crédito.
Os mandados de prisão foram expedidos pela 17ª Vara Crimininal para Marcos Luis da Silva, de 29 anos, conhecido como “Marquinhos”; Rosa Maria de Medeiros Rolemberg, de 30, a “Rosinha”; Antonio Pedro da Silva, de 47; Edmilson Pacheco Cardoso, de 43 anos e Rosa Maria Oliveira de Medeiros, de 62, conhecida como “Vovó do Pó”.
“A presença da idosa conhecida como ‘Vovó do Pó’ era crucial, pois durante as entregas ela não levantava suspeita. Toda a ação da quadrilha foi filmada e temos várias imagens do bando entregando as drogas em domicílio”, afirma a delegada. A quadrilha entregava o produto em residências, bares e até em motel. “O modus operandis é similar a outra quadrilha aprendida que também trabalhava com delivery, mas as duas não possuem ligação. Depois da prisão conseguimos interceptar 4kg de cocaína que estavam sendo encaminhados para Maceió para serem vendidos pela quadrilha”, complementa a delegada.
Quadrilha queria abandonar o crime
Em entrevista ao Alagoas 24 Horas , “Rosinha” admitiu o crime, mas isentou de culpa a mãe no esquema de distribuição. Segundo ela, a conhecida “Vovó do Pó” não entregava drogas e sim produtos de uma linha de cosméticos. “Minha mãe não tem nada a ver com isso, ela só entregava produtos quando eu pedia. A gente já estava saindo desse negócio ilegal, só faltava vender 100 gramas e a pistola”, diz a acusada.
De acordo com a polícia, uma empresa financeira em Arapiraca era utilizada pela quadrilha para lavar o dinheiro do tráfico, mas segundo “Rosinha” a empresa não tinha essa finalidade. “A empresa foi meu sogro que financiou, ele queria que a gente mudasse de vida. Não era dinheiro vindo das drogas. Ele queria que a gente fizesse outra escolha de vida. Há 20 dias a gente já estava parando com isso. Eu me aproximei mais de Deus e minha arma seria a bíblia”, diz “Rosinha”.
Além das drogas, o bando foi pego com duas armas de fogo. Uma Pistola 380 que seria de posse de “Marquinhos” e uma Beretta que pertence a “Rosinha”.
Ainda segundo a polícia, apesar da apreensão das armas de fogo a quadrilha não possui nenhum homicídio ou outro tipo de crime associado. “Eles utilizavam as armas porque o negócio era ilícito e poderia envolver gente perigosa”, explica a delegada.