Os militares alagoanos acampam desde a manhã desta quinta-feira, 25, em frente ao Palácio República dos Palmares, no Centro de Maceió. A manifestação está prevista para se encerrar às 19 horas.
A categoria tenta ser recebida pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) para entregar uma série de reivindicações. Além de solicitar ações enérgicas no combate à violência, os militares pedem valorização profissional, contratação imediata de dois mil policiais, aumento do orçamento anual das corporações e modificação do Conselho Estadual de Segurança (Conseg).
"Houve o último concurso da PM, mas até o momento o curso de formação não começou. A corporação tem hoje pelo menos seis mil homens, o que seriam necessários 13 mil policiais para suprir a carência", disse o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (ASSOMAL), major Wellington Fragoso.
Durante a manifestação, os líderes militares voltaram a reafirmar que o principal problema de Alagoas é falta de investimento na segurança pública, que acarreta no aumento da criminalidade.
"A situação é praticamente de guerra civil. A violência atinge até os policiais militares. Tanto que este ano, sete militares foram mortos em Alagoas. Precisamos que o Governo acorde e mude este quadro. Também queremos que o MP e deputados estaduais cobrem do Estado medidas para redução da violência", afirmou o presidente dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL), sargento Teobaldo de Almeida.
Na próxima terça-feira, 30, a partir das 15 horas, os militares voltam a realizar um ato público em Maceió. Desta vez, a manifestação acontece na Praça Marechal Deodoro, no Centro. No fim da tarde, a categoria sairá em caminhada pelas ruas do Centro.