Entre agosto do ano passado e abril deste ano, houve redução de mais de 8 milhões no número de acessos da rede de segunda geração, ao mesmo tempo em que as linhas em operação na rede de terceira geração avançaram 14,5 milhões. De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), isto evidencia um movimento de migração de tecnologia 2G para 3G – que é mais adequada para o acesso à rede de dados.
Em igual período, a quarta geração contabilizou apenas 48.459 linhas habilitadas que, somadas às demais tecnologias, dão um total de 6.153.106 de acessos.
A agência reguladora divulga nesta sexta-feira (26) mais uma avaliação trimestral do plano nacional de ação de melhoria da prestação do serviço móvel pessoal. Este mês, completa um ano que a Anatel proibiu as principais empresas de telefonia móvel de venderem novos chips por problemas na qualidade dos serviços prestados.
De acordo com a pesquisa, as quatro prestadoras avaliadas – Claro, Oi, TIM e Vivo – apresentaram resultados acima dos parâmetros de referência, com melhoras tanto no acesso quanto na queda de ligações. Todas as empresas atingiram os parâmetros de referência, com pequenas oscilações, no indicador de desconexão de dados.
Quanto ao indicador de acesso à rede de dados, observou-se que o patamar de referência foi alcançando por todas as prestadoras nas redes de terceira geração. Com relação às redes de segunda geração, apenas e Claro atingiu o parâmetro de referência, embora todas as operadoras tenham apresentado evolução positiva nos últimos três meses.
Suspensão de chips
A Anatel passou a acompanhar o índice de qualidade do serviço das operadoras de telefonia celular no ano passado, devido ao aumento das reclamações de clientes dessas empresas. Em julho de 2012, a agência chegou a suspender a venda de chips da Claro, Oi e TIM nos estados em que cada empresa era campeã de queixas. As vendas só foram autorizadas depois que as empresas se comprometeram a realizar investimento na melhoria de suas redes e no atendimento dos usuários.
O objetivo do acompanhamento, que vai durar dois anos e terá relatórios trimestrais para acompanhamento da população, é verificar os problemas apresentados pelo setor e exigir das empresas solução para eles.