As exportações chinesas cresceram 5,1 por cento em julho ante o ano anterior, enquanto as importações foram ainda melhores, com salto de 10,9 por cento na mesma comparação, mais de cinco vezes o que analistas esperavam.
Essa recuperação ofereceu esperanças de que a segunda maior economia do mundo possa estar se estabilizando, após desaceleração que levou o governo a agir para sustentar a atividade econômica.
Com isso, o apetite dos investidores por moedas de países emergentes e por ativos de risco aumentou nesta quinta-feira.
Segundo analistas, entretanto, o viés ainda é de alta, uma vez que os fatores que têm motivado a valorização do dólar ante o real continuam com pano de fundo.
"No médio prazo o cenário ainda é ruim. É praticamente certo que o Fed vai reduzir os estímulos, a questão é saber quando isso vai ocorrer. Eu acredito que essa queda mais forte (do dólar) de hoje é pontual", disse o operador de um grande banco brasileiro, referindo-se à expectativa de que o banco central norte-americano reduza em breve seu estímulo monetário, diminuindo a oferta global de dólares.
Essa perspectiva tem assombrado os mercados desde maio, quando integrantes do Fed começaram a sinalizar que o programa de compra de ativos pode estar chegando ao fim. De lá para cá, a moeda norte-americana acumulou alta de 14,3 por cento ante o real.
Além disso, afirmou o operador, as incertezas diante da economia brasileira, que não tem mostrado recuperação consistente, tendem a afastar investimentos do país, pressionando para cima as cotações do dólar.