Soldado do caso WikiLeaks é sentenciado a 35 anos de prisão

Bradley Manning foi condenado por divulgar arquivos secretos dos EUA.

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Soldado do caso WikiLeaks é sentenciado a 35 anos de prisão

O soldado Bradley Manning, acusado de fornecer arquivos secretos dos Estados Unidos ao WikiLeaks, foi sentenciado nesta quarta-feira (21) a 35 anos de prisão.

Do tempo de prisão, será descontado o tempo que o soldado já passou preso mais 112 dias, segundo a juíza, a coronel Denise Lind.
Ele também sofrerá uma dispensa desonrosa do exército, de acordo com a juíza.

Manning, foi julgado por ter fornecido mais de 700 mil arquivos secretos, vídeos de confrontos e comunicações diplomáticas para o WikiLeaks, um site pró-transparência especializado em vazamento de documentos de governos e corporações. A divulgação dos dados gerou uma grave crise diplomática para o governo do presidente Barack Obama.

Manning, de 25 anos, parecia pálido enquanto esperava o veredicto, comunicado por Lind em uma declaração de menos de dois minutos.
O soldado trabalhava como analista de inteligência em Bagdá em 2010 quando entregou os documentos, foi condenado em julho por 20 acusações, incluindo espionagem e roubo.

Ele não foi considerado culpado da acusação mais grave, de ajudar o inimigo, que previa uma possível sentença de prisão perpétua, sem direito a liberdade condicional.

Na segunda-feira (19), os promotores defenderam a aplicação de uma pena mínima de 60 anos de prisão.

Os advogados de defesa alegaram que Manning deveria ter uma pena branda, alegando que ele era ingênuo, mas bem-intencionado.
Especialistas que testemunharam no julgamento ressaltaram que o soldado estava confuso sobre seu gênero e sexualidade e sob enorme estresse psicológico no momento em que cometeu os vazamentos.
Manning também se desculpou.

"Sinto muito que minhas ações tenham ferido as pessoas e ferido os Estados Unidos", disse a Lind durante uma audiência na semana passada.

Manning poderá ser libertado dentro de nove anos em caso de bom comportamento. Seu advogado também pode apresentar um pedido de clemência a Barack Obama.

O WikiLeaks considerou a sentença uma "vitória estratégica", argumentando que Manning poderá pedir liberdade condicional em menos de 9 anos.

Fonte: G1

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