Cirurgia de catarata: como escolher a lente intraocular?

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A cirurgia de catarata é, hoje, um dos procedimentos mais avançados e seguros para o paciente. Na grande maioria das vezes, não necessita de internação e a pessoa recupera totalmente a visão quando, após a remoção da catarata, é realizado um implante de lentes intraoculares (LIOs).

Além de se informar bem antes de escolher um bom cirurgião oftalmológico, o paciente também deve conhecer as lentes intraoculares disponíveis e saber qual é a mais indicada para a sua visão.

De acordo com o doutor Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, o estilo de vida do paciente é determinante na escolha das lentes – que poderão corrigir erros refrativos também.

“As lentes intraoculares são desenhadas para substituir o cristalino, lente natural que, na presença da catarata, vai ficando opaca e esbranquiçada até que a pessoa deixa de enxergar e perde sua independência. Até recentemente, existia apenas um tipo de lente a ser implantada durante a cirurgia. A novidade, agora, é que a cirurgia pode ser personalizada, já que existem lentes que também solucionam problemas de refração, como presbiopia (vista cansada), miopia e astigmatismo”, diz Neves.

O especialista revela haver vários tipos de lentes intraoculares muito avançadas: a já conhecida monofocal – que corrige a catarata e proporciona clara visão; a tórica, que corrige o astigmatismo; e a multifocal e acomodativa, que, além da substituição do cristalino, corrige problemas para enxergar de perto, média distância, e de longe.

“Em muitos casos, os únicos óculos que o paciente continuará usando são os óculos de sol. Trata-se de um grande salto de qualidade de vida para o paciente, que estará apto a desempenhar qualquer atividade sem as restrições antes causadas pela falta de visão”.

No Brasil, são diagnosticados 550 mil novos casos de catarata por ano – impactando a autoestima, as condições socioeconômicas e os relacionamentos interpessoais. Para a sociedade, a catarata também está associada à perda de força de trabalho e ao aumento de acidentes e de encargos.

Por isso, é importante prestar atenção aos sintomas comuns: diminuição gradual e progressiva da visão; enxergar os objetos em tons amarelados, borrados ou distorcidos; dificuldade de se locomover à noite ou em local com baixa luminosidade; sentir-se ofuscado na claridade; perceber halos ao redor de objetos luminosos; perder o interesse por atividades rotineiras, como ler, escrever e digitar; e perder a vaidade, já que fica cada vez mais difícil se maquiar ou mesmo fazer a barba.

“Ao optar por um tipo de lente intraocular, o paciente está determinando como quer enxergar para o resto da vida. Daí a importância de conhecer em detalhes todas as possibilidades para enxergar bem”, diz Renato Neves.

Fonte: Press Página

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