Mais de 40 mil pessoas esperam doadores para transplante

Ascom/SesauMais de 40 mil pessoas esperam doadores para transplante

Mais de 40 mil pessoas esperam doadores para transplante

Mais de 40 mil brasileiros estão na fila de espera aguardando por um transplante. Para estimular a doação de órgãos e melhorar o sistema de transplantes na Região Nordeste, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promoveu o II Encontro das Centrais de Transplantes dos Estados de Alagoas, Bahia e Sergipe, ocorrido nesta sexta-feira (06), no auditório do Maceió Mar Hotel.

O evento, que prossegue neste sábado (7), reuniu coordenadores das Centrais de Transplantes, gestores e técnicos da área visando traçar estratégias de cooperação capazes de modificar o quadro atual. Em Alagoas, essa realidade é representada por uma lista de 59 pessoas que aguardam um transplante de córnea e 342 esperam pela doação de rins.

Durante o evento, o chefe de gabinete, Antônio de Pádua, representou o secretário de Estado da Saúde e ressaltou a importância do sistema de transplantes, assim como a iniciativa de dedicação dos técnicos. “Esse encontro entre os estados é muito válido. São três federações com problemas semelhantes. Estamos todos juntos nessa batalha que prioriza salvar vidas”, resumiu Pádua.

O Ceará é referência, no Brasil, quanto ao número de doadores. A cada um milhão de pessoas, 20 são doadores. Essa taxa está acima da média nacional que é de 13 pessoas para cada um milhão. A coordenadora da Central de Transplantes do Ceará, Eliana Régia, participou do evento e falou sobre as diversas estratégias criadas para colocar o Estado nessa posição.

Entre elas, o apoio do Governo do Estado – com a contratação de recursos humanos e a implantação das Comissões Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOT) – responsável pela abordagem às famílias, assim como a colaboração dos meios de comunicação e a solidariedade da população cearense.

“É difícil não termos, em um mês, uma notícia relacionada a transplantes; a mídia tem contribuído para esses números, estimulando o aumento do número de doadores”, disse Eliana, acrescentando que a sociedade, quando esclarecida, torna-se solidária.

A coordenadora da Central de Transplantes do Ceará destacou que a lista de espera está em torno de mil pessoas, sendo maior a espera por córnea, em seguida, rim, coração, pulmão, medula óssea, fígado e outros.

“É um desafio zerar a lista de espera, um desafio do Brasil. O Ministério da Saúde tem traçado estratégias para apoiar os estados que não têm programa de transplantes estabelecido; esse encontro fortalece e aumenta o nosso trabalho. O Nordeste tem potencial e estou feliz por contribuir compartilhando nossa experiência e aprendendo mais com todos que estão aqui”, sintetizou Régia.

O coordenador da Central de Transplantes da Bahia, Eraldo Moura, destacou que o trabalho das centrais é multifatorial e multiplicador quanto à assistência aos pacientes e às famílias dos doadores. “Vamos discutir também a parte política desse processo para melhorar a capacidade de assistir, de atender adequadamente”, disse.

O encontro contou também com a presença da presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), Ana Paula Baptista. Segundo ela, a ABTO realiza campanhas informativas para estimular a doação de órgãos e dá suporte aos estados na implantação das CIHDOTs. “Esperamos que esse evento nos ajude a alavancar os serviços dos três Estados participantes por meio de discussões e novas ideias”, enfatizou Ana Paula.

Para a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Kelly Karina Brandão, o encontro representa a vontade coletiva de superar os desafios do sistema. “Todos os participantes estão aqui porque se preocupam em aumentar o número de doadores”, disse Kelly.

Fonte: Ascom/Sesau

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