O clima é tenso entre usuários do transporte coletivo urbano e rodoviários na manhã desta quinta-feira, dia 12, na capital alagoana. De um lado, os usuários decidiram por mais uma paralisação após o assassinato de um motorista na manhã de ontem (11) e exigem reforço na segurança, do outro, cerca de seis mil usuários devem ficar ‘no meio do caminho’, uma vez que segundo orientação do sindicatos os ônibus devem parar onde estiverem a partir das 9 horas.
Na Praça do Centenário, considerado o ponto central da mobilização, os rodoviários de várias empresas já suspenderam as atividades, exigindo que os passageiros prossigam a pé. Houve princípio de tumulto e troca de acusações. Não há registro de incidentes graves.
Em entrevista ao Alagoas 24 horas , o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários de Alagoas (Sinttro/AL), Écio Luiz, disse que a paralisação foi decidida em assembleia após o aumento significativo de assaltos a ônibus, agressões a rodoviários, além do assassinato do motorista Ivanildo Alves da Silveira, de 44 anos, ocorrido na manhã de ontem no Conjunto Santos Dumont.
De acordo com Écio, a categoria exige o aumento de efetivo da Polícia Militar e a intensificação das abordagens aos coletivos, para evitar a ação de meliantes. “Queremos minimizar o sofrimento de rodoviários e usuários”. Ainda segundo Sinttro, apenas esse ano foram registrado mais de 400 assaltos e arrastões.
A categoria pretende manter a mobilização até ter a reivindicações atendidas. Um reunião está agendada para as 15h de hoje com o governador Téo Vilela.
Devido à manifestação, o trânsito na capital se apresentava caótico desde as primeiras horas da manhã. Também há registro intenso de transportadores clandestinos.