Oncologista orienta como prevenir o câncer de próstata

Nos últimos 10 anos, a Santa Casa de Maceió tratou 1.056 casos de câncer de próstata em seu Centro de Alta Complexidade no Atendimento ao Câncer (CACON). “Usuários do SUS, convênios e particulares têm acesso aos mais eficientes procedimentos de combate ao câncer existentes na atualidade: desde o diagnóstico, com o estadiamento clínico-patológico pormenorizado (avaliação da extensão da doença no corpo) até os tratamentos mais aprimorados por meio de cirurgia, radioterapia e hormonioterapia”, detalhou o oncologista Marcos Davi Melo, coordenador do Serviço de Radioterapia da Santa Casa de Maceió.

O câncer de próstata é o mais frequente no homem: em 2010, foram cerca de 950 mil casos novos no mundo e cerca de 270 mil mortes. No Brasil espera-se 50 mil casos novos somente em 2013.

O câncer de próstata é mais frequente em países desenvolvidos que em emergentes, como o Brasil. A elevação da incidência deve-se principalmente ao aumento da expectativa de vida e ao estilo de vida da população, principalmente no tocante ao sedentarismo e à dieta altamente calórica dos produtos industrializados.

Fatores de Risco

Os principais fatores de risco para o surgimento do câncer de próstata são a idade (raramente ocorre abaixo dos 40 anos); a hereditariedade (transmitida entre familiares); e o estilo de vida (alimentação, falta de exercícios físicos etc).

A força da hereditariedade tem sido muito estudada atualmente e descobertas recentes mostram que homens que tiveram 1 ou mais parentes com esse câncer, tem um risco duas vezes maior. A dieta também tem sua contribuição: a ingesta de gordura saturada, principalmente de carne vermelha e produtos lácteos, associada ao baixo consumo de vegetais e a obsidade são fatores importantes para o surgimento do câncer de próstata.

Fatores de Proteção

Os fitoestrógenos, alimentos derivados da soja, são recomendados como fatores de proteção. O licopeno, substância antioxidante derivada do tomate, goiaba e melancia é recomendado. A vitamina D, o zinco e o selênio são polêmicos e ainda sem evidências consistentes.

Metástase

A disseminação desse tumor se faz pelos gânglios linfáticos da pelve, pela circulação sanguínea, geralmente, dando metástases para os ossos, preferencialmente para a coluna, a pelve, os ossos longos e as costelas e mais raramente para o pulmão e fígado.

Toque retal e PSA são eficientes métodos de diagnóstico do tumor

O exame de toque retal e o PSA são os mais eficientes métodos para se avaliar a saúde da próstata. Os dois exames são complementares e o seu emprego em conjunto pode aumentar a taxa global de detecção da neoplasia prostática.

Associados, ambos exames conseguem revelar nodulações, assimetrias e endurecimentos. “Uma metanalise avaliou o valor do PSA e mostrou uma sensibilidade para detectar câncer de próstata de 59% e uma especificidade de 94%”, disse o oncologista Marcos Davi.

O diagnóstico e o estadiamento do câncer também apoia-se em exames como: ultrassom (cálculo do peso da próstata e escolha do local de biopsia); tomografia computadorizada (avaliação de metástases linfáticas); ressonância magnética (extensão do tumor) e cintigrafia (avaliação de metástase óssea). “O diagnóstico do câncer, entretanto, só pode ser confirmado por meio da biópsia”, finalizou o especialista.

Fonte: Ascom Santa Casa

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