Monumento em homenagem a Graciliano é vandalizado no mês do seu aniversário

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Considerada legítima manifestação da arte, as pichações são utilizadas em algumas situações como mera ‘ferramenta’ para o vandalismo. Os principais alvos da depredação pública acabam sendo monumentos e obras de arte espalhadas na capital. Em meio às comemorações do aniversário do autor de clássicos como Vidas Secas e São Bernado, Graciliano Ramos, não teria do que se orgulhar da homenagem feita pelo cineasta Beto Leão ao escritor.

Isso porque o texto que homenageia o cronista, romancista e jornalista que está localizado no Corredor Vera Arruda, no bairro de Ponta Verde está pichado com um símbolo de um “V”. A marca ficou bastante popular após a série de protestos que ocorreram no Brasil no mês de junho. Ela faz referência à obra V de Vingança, do quadrinista britânico Alan Moore, e que passou a ser adotada como símbolo de revolta contra o governo.

É interessante observar o total desconhecimento da importância do brasileiro quanto do britânico para a literatura. A contradição do ato, se revela em uma falta de cultura que acaba chegando aos olhos do turista.

O que chama a atenção também, de quem circula pelo local, é que não somente o monumento a Graciliano Ramos foi alvo do ato de vandalismo que, inclusive, impede a leitura do mesmo. Outros cinco monumentos que fazem menção a ilustres alagoanos como Jorge de Lima e Aurélio Buarque de Holanda também receberam pichações.

De acordo com dados fornecidos pela Prefeitura de Maceió, os atos de vandalismo na capital alagoana custam cerca de R$ 13 mil mensais para a realização do serviço de Limpeza Urbana que vai desde lixeiras a reparos e manutenção dos bens públicos danificados em ações criminosas.

Ainda segundo a Prefeitura, o recurso poderia ser revertido para o aperfeiçoamento de outros serviços.

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