Representantes do Instituto Médico Legal (IML), aliados ao promotor Flávio Gomes, apresentaram na manhã desta segunda-feira (21) um documento com uma série de críticas sobre o concurso da Perícia Oficial onde serão obtidos novos médicos legistas para o instituto.
O promotor questionou o edital e levou suas justificativas até a reunião do Conselho Estadual de Segurança (Conseg), na manhã de hoje, no Palácio República dos Palmares. De acordo com Flávio Gomes, o edital propõe oito vagas para médicos e uma carga horária de 40 horas semanais dentro de um ganho financeiro menor do que aqueles que atualmente realizam o trabalho no Instituto.
O IML conta com um quadro de dez médicos legistas, onde somente nove estariam disponíveis para executar as suas funções durante os sete dias da semana. Segundo o promotor, a décima pessoa estaria doente e, por isso, não poderia desempenhar a sua função.
Na presença do diretor-geral do Instituto Médico Estácio de Lima, em Maceió, Luiz Mansur e de demais conselheiros, foi exposta a necessidade de se avaliar as horas e os ganhos financeiros para os futuros concursados.
Durante a conversa, o presidente do Conseg, Maurício Brêda, comentou também a intervenção de médicos militares na instituição. O problema é antigo e já causou atrito entre a diretoria do instituto e o conselho. Brêda disse considerar a retirada dos médicos da instituição, mas que para isso o IML teria que garantir o atendimento.
O magistrado também questionou a precariedade vivida pelo instituto como a principal justificativa para a manutenção dos serviços realizados pelos militares. “Quero tirar os militares de lá, mas entendo que eles só estão por causa da precariedade que acaba prejudicando o serviço para a população”, justifica.
Segundo dados do IML, o instituto realiza uma média de 60 exames de corpo de delito por dia, sendo que 14 corpos são levados para a perícia.