Quem circula pela Avenida Márcio Canuto, no Barro Duro, deve ter observado o aumento no número de barracos às margens da rodovia. De acordo com Maria Gorete, coordenadora da ocupação, 76 famílias estão ocupando a área, depois de serem despejadas de terrenos no Santa Lúcia e de prédios públicos localizados no Centro de Maceió.
As famílias são integrantes do Movimento Via do Trabalho e Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL) e aguardam um posicionamento do poder público quanto a moradias. Ainda segundo Maria Gorete, o número de famílias desabrigadas só não é maior porque algumas pessoas estão alojadas precariamente na residência de familiares.
“Nossa situação é lamentável, vivemos sob ameaças constantes de pessoas que passam pela avenida e não temos nenhum alimento”, relata. A liderança afirmou, ainda, que uma ordem de despejo teria sido ‘adiada’ graças a mediação de um líder do movimento e que eles (desabrigados) aguardam posicionamento do poder público.
A reportagem do Alagoas 24 horas entrou em contato com a Prefeitura de Maceió, por meio da Secretaria de Comunicação, e foi informada que o terreno é uma propriedade privada, cabendo ao seu proprietário o pedido de reintegração de posse.
A Prefeitura informou ainda que a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) realizou, à época em que as famílias estavam ocupando o prédio do INSS, no Centro, um levantamento onde ficou constatado que a maioria das famílias é do interior e, portanto, deve buscar o cadastro de programas de assistência social nos municípios de origem.
Quanto à questão de políticas habitacionais, a Secretaria Municipal de Habitação Popular e Saneamento (SMHPS) informa que já estuda a realização de cadastro das famílias para incluí-las na lista de espera de programas habitacionais executados pela Prefeitura.
Crédito: Alagoas24horas
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