Voluntários levam atenção e carinho para crianças de unidades de acolhimento

Ascom SemasVoluntários realizam atividades nas unidades de acolhimento

Voluntários realizam atividades nas unidades de acolhimento

Contar histórias, desenhar, brincar, ver um sorriso no rosto e receber o carinho das crianças. Isto é o que fazem dois jovens reservarem um dia na semana para ir até a Casa de Adoção Rubens Colaço realizar trabalhos voluntários.

David Richard tem 22 anos, é estudante de Comunicação Social e visita a Casa de Adoção há mais de um ano. O universitário contou que a ideia surgiu durante o período em que a Ufal entrou em greve. David queria ocupar o tempo e fazer algo pelas outras pessoas. Na lista, várias instituições. A Casa de Adoção foi a primeira a ser visitada.

“A acolhida que tive tanto dos funcionários como das crianças me fez sair daqui com a sensação que tinha acabado de ganhar uma nova família”, disse.

Todas as sextas-feiras, no período da tarde, é o dia da visita do estudante. Além de atividades recreativas, com brincadeiras, David diverte as crianças com desenhos e pinturas. “Se a gente tem a capacidade de, com as próprias mãos, fazer bem a outras pessoas, a gente não pode desperdiçar isso. É fazer um pouco de diferença na vida delas”, comenta o estudante.

Já para a enfermeira Sandra Lima, foi o desejo de ter um orfanato que a levou a conhecer a Casa de Adoção Rubens Colaço. “Há anos eu tinha o desejo de colocar um orfanato, mas vi que a burocracia é muito grande e eu ainda não me sinto preparada para essa função. Então eu decidi conhecer a Casa, conviver com as crianças como uma forma de me preparar e conhecer como funciona a instituição antes de realizar meu sonho. Quando cheguei aqui, me apaixonei pelas crianças”, explicou ela.

Às quartas-feiras, Sandra reúne as crianças da Casa de Adoção para contar histórias. Na sombra da árvore, as crianças ouvem, interagem e se encantam com o colorido dos livros. “Todas as vezes que saio daqui, eu sinto que deixei um pedaço de mim. Eu me realizo como pessoa e amo esse trabalho. Ver que as crianças estão interagindo com o trabalho é uma satisfação muito grande, não tem preço”, declarou.

O psicólogo da Casa de Adoção, Romerito Oliveira, explica que o trabalho que os voluntários desenvolvem na unidade de acolhimento é de grande importância para as crianças, principalmente porque muitas delas tiveram a infância roubada pelo abandono ou pelo trabalho.

“Mais importante que festas e brinquedos, é que as pessoas tragam afeto, carinho, doem amor. Muitas crianças que estão aqui não tinham em casa o afeto e carinho dos pais. Então, esses voluntários são importantes para trazerem esta alegria”, explicou o psicólogo.

Qualquer pessoa pode ser voluntário na Casa de Adoção Rubens Colaço. A coordenadora-geral de Abordagem, Acolhimento e Abrigos, Ingrid Amaral, explicou que as pessoas que se interessam em fazer algum trabalho com as crianças são avaliadas pela coordenação da Casa. “As pessoas vêm ao abrigo, conversam com a coordenação ou com os assistentes sociais e psicólogos e colocam o que pretendem desenvolver de atividade para que a coordenação consiga mostrar a realidade da Casa e as necessidades das crianças. De início é feito o convite para que eles venham observar a rotina e interagir com as crianças. A partir daí, eles pensam qual atividade vão desenvolver com as crianças”, detalhou Ingrid. Além do David e da Sandra, outras pessoas e grupos desenvolvem trabalhos com as crianças na própria Casa e também trabalhos externos, todos supervisionados pelos monitores.

Ingrid ressalta que a Casa está sempre de portas abertas para os voluntários, mas pede que os interessados em realizar alguma atividade no local façam agendamento prévio. “Nós entendemos que cada pessoa tem o momento que pode vir e que a criança precisa desse afeto e dessa descontração. A gente pede que agende para não correr o risco ter temos mais de um grupo no mesmo dia”, explicou ela.

A coordenadora da Casa disse também que a doação material é bem vinda, apesar de a Casa de Adoção ser mantida pela Prefeitura de Maceió, que arca com todos os custos. “As pessoas me perguntam sempre sobre doações e o que sempre dizemos venha trazer seu afeto, seu carinho, que é o que elas mais precisam e isso não se compra”, completou.

Fonte: Ascom Semas

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