Encontro discute reintegração social de pacientes de hanseníase

Agência AlagoasEncontro discute reintegração social de pacientes de hanseníase

Encontro discute reintegração social de pacientes de hanseníase

Com o objetivo de combater o preconceito, garantir a reintegração social e oferecer assistência às pessoas acometidas pela Hanseníase, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) realizou nesta sexta-feira (6), o II Encontro Estadual do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase. O encontro reuniu cerca de 120 participantes entre representantes estaduais e municipais da Saúde, profissionais de saúde, além de pacientes e ex-pacientes.

Para o coordenador nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Artur Custódio, o evento marca o esforço de profissionais e voluntários para erradicação da hanseníase no Brasil e a construção da cidadania entre os portadores da doença. “Em todo o País a doença ainda é uma realidade preocupante e o Morhan abraçou a missão de levar informação como forma de combater o preconceito e o estigma social que ainda acompanham os portadores”, destacou.

Na oportunidade, a gerente dos Agravos de Transmissão Respiratória, Sexual, Vigilância do Óbito e Sistema de Informação, Ednalva Araújo, ressaltou que o encontro é importante, pois possibilita a troca de experiências entre profissionais, gestores e pacientes. “Apenas através do esforço conjunto pode-se construir políticas públicas eficazes”, explicou a gerente.

Ednalva ressaltou, ainda, que a hanseníase tem cura e que o diagnóstico precoce é essencial para garantia de tratamento, evitando sequelas nos pacientes. “O diagnóstico é simples e feito na atenção básica. A informação é a principal arma para prevenção da doença e garantir que os portadores não sofram com o estigma e isolamento que infelizmente ainda são encontrados em nossa sociedade”, destacou.

A gerente explicou, ainda, que o encontro representa o compromisso da gestão estadual em apoiar ações e organizações que lutem pelos diretos dos portadores da hanseníase. “A Sesau abraçou a parceria com o Morhan, que luta pela garantia de direitos dos portadores há mais de três décadas”.

Também presente ao evento, o ex-paciente de hanseníase, Juarez Campos, destacou que recebeu o diagnóstico e tratamento pelo Sistema Único de Saúde e lembra a todos que procurem as unidades de saúde para o diagnóstico precoce e prevenção. “O medo da doença muitas vezes afasta as pessoas das unidades de saúde, mas é importante ressaltar que a hanseníase tem tratamento e deve ser identificada em seus primeiros estágios, garantindo a qualidade de vida do paciente e de seus familiares”, explicou Juarez.

Programação – O encontro contou com uma mesa redonda sobre a política nacional de erradicação da hanseníase, panorama da situação da hanseníase em Alagoas e o enfrentamento brasileiro no cuidado das pessoas com a doença. A mesa contou com a participação da representante do Ministério da Saúde, Rosa Moreira, da gerente de agravos de transmissão respiratória, sexual, vigilância do óbito e sistema de informação, Ednalva Araújo, e do coordenador nacional do Morhan, Artur Custódio de Souza.

Ainda durante o encontro, foi abordar o papel da assistência de saúde aos pacientes e ex-pacientes de hanseníase. O evento foi concluído com relato de experiência – O cuidado e o Cuidador, como o Grupo de Auto Cuidado da Unidade Básica de Saúde Hamilton Falcão.

Morhan – O Morhan é uma entidade sem fins lucrativos fundada em 1981. Suas atividades possuem o objetivo de eliminação da hanseníase, através da conscientização e atuando para a construção de políticas públicas eficazes no combate à doença.

O movimento funciona através do trabalho de voluntários que atuam na assistência jurídica, psicológica e médica das pessoas acometidas da hanseníase. Para tornar-se um voluntário o candidato deve acessar o site do Morhan no endereço http://www.morhan.org.br.

Casos – De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, em 2012 foram diagnosticados em Alagoas 411 novos casos da enfermidade, em 65 cidades. Índice um pouco maior que o de 2011, que teve 406 notificações. De janeiro a outubro deste ano, foram registrados 274 casos de hanseníase.

Fonte: Agência Alagoas

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