Técnicos deverão implantar Núcleos de Controle do Tabagismo

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Para ampliar o número de Núcleos de Controle do Tabagismo aos 102 municípios, já que o serviço está implantado apenas em Maceió, Arapiraca e Palmeira dos Índios, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realizou uma oficina para capacitar os técnicos municipais. O treinamento, ministrado pela coordenadora do Programa Estadual de Controle do Tabagismo, Vetrúcia Teixeira, ocorreu nesta segunda-feira (16), no Conselho Regional de Psicologia (CRP), em Maceió.

Por meio da implantação dos Núcleos de Controle do Tabagismo nos municípios, a Sesau pretende ampliar as ações de combate ao fumo, visando assegurar que Alagoas continue reduzindo a prevalência de fumantes. Isso porque, segundo estudo divulgado pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), entre 2009 e 2012, a prevalência de fumantes na faixa etária de 12 a 15 anos passou de 18,5% para 6%.

Uma redução de 11,5% que, segundo Vetrúcia Teixeira, é fruto das ações realizadas pela Sesau ao longo dos anos, trabalhando a prevenção, o tratamento dos fumantes e intervenções para assegurar os ambientes livres do tabaco. “Para assegurarmos que este índice continue reduzindo em Alagoas, é necessário reforçarmos as ações de controle do tabagismo nos municípios, já que o cigarro é responsável por cerca de 50 doenças, reduz em 14 anos a expectativa de vida e provoca 200 mil mortes anuais no Brasil”.

A coordenadora do Programa Estadual de Controle do Tabagismo destacou que, para o êxito dos Núcleos de Controle do Tabagismo, é necessário o comprometimento dos técnicos e gestores. Segundo Vetrúcia Teixeira, é necessário que os gestores municipais travem uma luta para que os jovens não venham a enveredar pelo caminho do tabagismo, e venham a apostar em campanhas educativas, lutem para que sejam sancionadas mais leis anti-fumo e estimulem a criação de ambientes livres do tabaco e de locais para tratamentos dos dependentes.

“São mais de 60 substâncias cancerígenas liberadas pelo cigarro e o prejuízo estimado com o tratamento de fumantes chega aos R$ 200 bilhões por ano, segundo dados do Ministério da Saúde. Para se ter ideia, entre os anos de 2005 e 2011, o Governo de Alagoas gastou R$ 124 milhões em procedimentos da alta complexidade com neoplasias, doenças do aparelho circulatório e respiratório, que foram provocadas pelo uso do tabaco. Então o cigarro representa um problema de saúde pública, que afeta também os cofres públicos”, pontuou a coordenadora do Programa Estadual de Controle do Tabagismo.

Elaboração de projeto – Após a oficina, que apresentou dados sobre as doenças provocadas pelo tabaco, os gastos para tratar de usuários que são acometidos pelas doenças provocadas pelo fumo, além do trabalho realizado pela Sesau para reduzir a prevalência do tabagismo em Alagoas, Vetrúcia Teixeira informou que os técnicos municipais devem elaborar um projeto para que os Núcleos de Controle do Tabagismo sejam criados.

“Os projetos devem respeitar as especificidades de cada localidade, mas contemplar ações que foquem a prevenção, tratamento dos fumantes e intervenções para assegurar os ambientes livres do tabaco”.

Na prevenção é necessário destacar ações como capacitação, execução de campanhas educativas, atuação junto ao Programa Saúde Escolar (PSE) e intercâmbio com a área da Promoção da Saúde, especificação, trabalho intersetorial com as Secretarias Municipais de Educação, Organizações Não Governamentais (ONGs) e instituições da iniciativa privada.

No âmbito do tratamento, é necessário que o município venha a aderir ao Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), também especifique a necessidade de capacitar os técnicos municipais, realizem o levantamento do número de fumantes ativos que desejam parar de fumar e do adoecimento e mortes provocadas pelo tabaco.

Quanto ao quesito ambientes livres do tabaco, é necessário especificar que os técnicos municipais devem passar por capacitação realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), informar sobre a necessidade de os profissionais da Vigilância Sanitária Municipal serem capacitados, da importância de fiscalizar os ambientes livres do tabaco, de inspecionar os produtos derivados do tabaco e das ações intersetoriais com a Promoção da Saúde e a Vigilância Sanitária, além de informar se o município possui leis sobre ambientes livres do tabaco. “É necessário que o projeto informe os problemas, causas, ações, metas, indicadores, recursos, prazos e responsáveis”, informou Vetrúcia Teixeira.

Fonte: Ascom/Sesau

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