Documentário mostra cotidiano dos adeptos do poliamor 2
"Como você se dividiu entre o amor de seu pai e sua mãe durante a infância?"
O silêncio do entrevistador com a pergunta da entrevistada no vídeo já denuncia o quão estabelecidos estão alguns padrões da sociedade e como é difícil pensar fora deles, apesar de nem entender o porquê deles estarem alí.
A aspas foi retirada do documentário Poliamor (Brasil, 15 min, 2010), do diretor José Agripino, que entrevista pessoas que contrariam a regra dos relacionamentos monogâmicos. São homens e mulheres que optaram por amar mais de uma pessoa e são felizes por isso.
Antes que você pense em frases ou declarações a lá MC Catra, saiba que o vídeo aborda com leveza o tema, não trabalha com estereótipos ou conceitos machistas ou feministas.
No curta, eles relatam as vantagens e também as dificuldades desse tipo de relacionamento, cercado de liberdade e transparência. Insegurança, traição, conflitos são alguns dos temas abordados.
Indico aqui o vídeo não para você aderir a poliamor, mas para refletir sobre o que você busca e como enxerga a(o) parceira(o) na relação: um objeto de posse, ou um ser independente de você em que seu papel na relação é somente completar a felicidade do outro? Pense nisso.
“Às pessoas têm a ideia pré-estabelecida de uma união conjugal onde a fidelidade já está acordada. Ai você joga toda sua espectativa e frustração e não divide nada”.
“Por que não podemos colocar outra pessoa e amá-la do mesmo jeito, sendo que o amor é uma coisa extremamente volátil?”
“Se você ama alguém, você não ama e exclui o mundo, tem que incluir necessariamente outras pessoas e outro universo”.
“Se você não sente ciúme, você tem um problema”.
“Eu não acho que o poliamor tenha que ser pra todo mundo, que todo mundo tem que ser assim. Têm pessoas que isso não funciona!”
